27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:594-1


Poster (Painel)
594-1ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA SUPERFÍCIE DE PLACAS RADIOGRÁFICAS UTILIZADAS EM UTIs DE DOIS HOSPITAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
Autores:LEÃO, M.P.M (UNIBRASIL - Faculdades Integradas do Brasil) ; Vasco, J.F.M. (UNIBRASIL - Faculdades Integradas do Brasil) ; DAUR, A.V. (UNIANDRADE - Centro Universitário Campos de Andrade) ; BARBIERI, F.N. (LABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; SILVA FILHO, O.M. (LABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; WAKAMORI, M. (LABORCLIN - Laborclin – Produtos para Laboratórios Ltda) ; NAVES, E.H.T. (UP - UNIVERSIDADE POSITIVO) ; Yamanaka, E.H.U. (UFPR - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

A placa radiográfica, ou chassi, é um material médico hospitalar, utilizado em diversos setores do hospital, enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que deve ser sanitizadas sempre antes e depois do seu uso, pois pode ser um importante fator para transmissão de infecção hospitalar. Foi realizado monitoramento microbiológico em 20 placas radiográficas de dois hospitais da Região Metropolitana de Curitiba, utilizando diferentes meios de cultura, com o objetivo de quantificar e identificar os micro-organismos presentes. Também foi realizado um questionário com intuito de identificar se os procedimentos de higienização de mãos e dos equipamentos estavam sendo realizados. O crescimento das colônias bacterianas foi observado nos meios Cromoclin (Laborclin, Pinhais, Brasil), Manitol Salt (Laborclin, Pinhais, Brasil) e MacConkey (Laborclin, Pinhais, Brasil). A partir das colônias isoladas, foram realizadas identificações fenotípicas com provas bioquímicas. Foram identificados 5 (8%) Staphylococcus aureus, sendo todos Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA); 7 (12%) Enterococcus spp.; 33 (55%) Staphylococus coagulase negativa; 6 (10%) Acinetobacter baumannii; 2 (3%) Pseudomonas spp.; 6 (9%) Escherichia coli e 2 (3%) Serratia liquefaciens. O questionário demonstrou que 33% dos profissionais não sanitizam as placas radiográficas e 70% destes profissionais não lavam e não sanitizam as mãos com álcool 70º, além de não utilizarem luvas durante o procedimento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomenda a realização das medidas de higienização para evitar a transmissão da infecção hospitalar. O caso se agrava à medida que se aumenta o período de internação, os procedimentos médicos invasivos e as terapias quimioterápicas, ficando cada vez mais suscetíveis ao desenvolvimento de infecção. Este trabalho demostrou que os materiais analisados apresentavam diversos micro-organismos, responsáveis por infecções hospitalares, e que uma grande porcentagem dos profissionais da saúde não faz uso das medidas profiláticas. Deve ser oferecido treinamento aos profissionais da área da saúde e cobrado a realização destes procedimentos, que garantam o desenvolvimento das atividades voltadas para o controle das infecções hospitalares, beneficiando a sociedade através do uso de medidas de proteção e promoção à saúde.