Resumo

O sushi, prato tipicamente japonês, está sendo um dos pratos mais consumidos na atualidade, devido às mudanças nos hábitos alimentares e ao fato dele ser considerado sinônimo de “comida saudável”. É comum, antes do consumo do sushi, a adição de uma especiaria conhecida como wasabi (Wasabia japonica), que além de intensificar o sabor do prato apresenta propriedades antimicrobianas relevantes, devido a presença de um composto químico da família dos glicosinolatos, mais especificamente o alil-isotiocianato. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana do wasabi contra Salmonella sp e Staphylococcus sp. isolados de sushi e determinar a concentração inibitória mínima do princípio ativo contra estas bactérias. Trinta gramas do pó de wasabi foram pesados e dissolvidos em solução hidroalcoólica (50%) previamente preparada, para obter o extrato de wasabi. A atividade antimicrobiana do foi determinada utilizando o método de difusão em ágar e, a concentração inibitória mínima (CIM), foi avaliada com o uso do extrato nas concentrações de 1, 2, 5, 10, 15 e 20%. Os resultados obtidos pelo método de difusão em ágar indicam que Staphylococcus sp. foi a espécie microbiana mais sensível, apresentando os maiores halos de inibição (15 mm – 24 mm), enquanto que Salmonella sp. mostrou-se menos sensível, pois os halos obtidos foram os menores (15 mm – 17 mm). Em relação a CIM, a concentração de 20 % do extrato de wasabi impediu o crescimento microbiano de Staphylococcus sp, contudo, esta não foi efetiva contra o crescimento de Salmonella. Esses resultados podem ser atribuídos à estrutura externa da parede celular, que difere entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e a concentração do principio ativo no extrato, que pode ter variado ao longo do experimento. Dessa forma, constata-se o potencial antimicrobiano do wasabi contra Staphyloccus sp. isolados de sushi. Embora o wasabi não tenha apresentado atividade antimicrobiana relevante contra Salmonella, sugere-se a realização de novos estudos na tentativa de evidenciar a ação antagônica em relação ao crescimento desse grupo microbiano. Instituição de fomento: Centro Universitário Estácio do Ceará