27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:579-1


Poster (Painel)
579-1Ação antibacteriana do óleo essencial de própolis frente a linhagens de Staphylococcus aureus produtores de enterotoxinas, MRSA e MSSA
Autores:Barbosa, L.N. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Albano, M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Alves, F.C.B. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Andrade, B.F.M.T. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Doyama, J.T. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Almeida, T.W. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Orsi, R.O. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Rall, V.L.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Cunha, M.L.S. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Fernandes Junior, A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Introdução: As cepas de bactérias resistentes aos agentes antimicrobianos convencionais tem preocupado bem como despertado interesse para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento de doenças infecciosas. Muitos produtos naturais têm sido estudados e mostraram potencial antimicrobiano bem como capazes potencializar a ação de antimicrobianos convencionais. Assim, o objetivo do trabalho foi verificar a ação antibacteriana do óleo essencial (OE) de própolis carnaúba produzida por abelhas Apis mellifera frente a diferentes perfis de linhagens de Staphylococcus aureus. Materiais e Métodos: A própolis foi coletada e teve seu OE extraído por destilação por arraste a vapor em equipamento clevenger. Foram utilizadas sete cepas de S. aureus produtores de enterotoxina e uma cepa padrão ATCC-13565, sete cepas de S. aureus resistente a meticilina (MRSA) e uma ATCC-33591 e sete de S. aureus sensível a meticilina (MSSA) mais uma ATCC-25923. Com exceção das cepas padrões ATCC as linhagens utilizadas foram previamente isoladas e identificadas a partir de alimentos e de casos clínicos humanos (MRSA e MSSA) e encontravam se estocadas na coleção de culturas do Departamento de Microbiologia e Imunologia/IBB. Foi utilizada a metodologia da microdiluição do OE de própolis em microplacas de 96 poços contendo Mueller Hinton Broth mais 0,5% de tween 80. O inóculo, ao redor de 105 UFC/mL, foi preparado a partir de culturas overnight e padronizado na escala 0,5 de Mac Farland, sendo os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidas para cada linhagem seguido de cálculo da CIM para 90% das linhagens (CIM90%). A composição do óleo foi analisada utilizando cromatografia gasosa-espectrometria de massa (GCMS). Discussão dos Resultados: O OE de própolis apresentou maior eficiência na inibição das linhagens de MRSA com valor de CIM90% de 5.600 μg/mL. A inibição ocorreu em concentrações mais altas para MSSA e S. aureus produtoras de enterotoxinas com valores de CIM90% de 7100 e 7870 μg/mL, respectivamente. A composição química do OE revelou a presença de monoterpenos e sesquiterpenos. Conclusão: O OE de própolis possui atividade antibacteriana contra cepas de S. aureus de várias origens, destacando-se na inibição de MRSA tendo, portanto, potencial para ser utilizado na microbiologia clínica.