27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:566-1


Poster (Painel)
566-1Atividade amilolítica e celulolítica de espécies de Aspergillus e Penicillium isoladas de diferentes solos da Universidade Federal de Lavras - UFLA
Autores:SANTOS, T.L. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; SOUZA, S.C. (UFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de Lavras) ; CHALFOUN, S.M. (UFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de Lavras) ; BATISTA, L.R. (UFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de LavrasUFLA - Universidade Federal de Lavras)

Resumo

A prospecção de microrganismos do solo é uma importante estratégia para regiões com alta biodiversidade, em especial para indústrias farmacêuticas, têxteis e de biotecnologia. A identificação de espécies de Aspergillus e Penicillium produtoras de enzimas garantem a segurança do processo e dos produtos biossintetizados. Entre as enzimas de interesse industrial, a amilase e celulase são amplamente encontradas em produtos têxteis. O presente estudo teve como objetivo detectar o índice de atividade de amilase e celulase por fungos isolados do solo das seguintes áreas: construção civil, reserva ambiental, jardim e áreas de cultivo de café e batata, da Universidade Federal de Lavras (21° 14′ 43S; 44° 59′ 59W).Os experimentos foram realizados no Laboratório de Microbiologia da EPAMIG. Trinta isolados fúngicos foram utilizados no estudo, dos quais, 15 isolados do gênero Penicillium e 15 isolados do gênero Aspergillus. Os isolados foram cultivados em meio sólido específico para a produção de amilase e celulase. Os testes foram realizados em triplicata. As placas foram incubadas a 25ºC, em câmara de germinação tipo BOD, por 7 dias e o tamanho da colônia e os halos produzidos foram mensurados. A atividade enzimática foi determinada através da relação entre o diâmetro médio do halo de degradação e o diâmetro médio da colônia, expresso como Índice Enzimático (IE). Os resultados obtidos para a produção de amilase foram positivos para cinco isolados. Entre esses, Aspergillus fumigatus com IE de 4,8; Aspergillus japonicus com IE de 6,8; Aspergillus niger Agregado com IE de 5,9; Penicillium funiculosum com IE de 3,8 e Penicillium purpurogenum com IE de 2,4. A identificação até espécie se torna importante, pois o A. fumigatus apesar de ser um bom produtor de amilases (IE: 4,8) não pode ser utilizado na indústria, pois é patogênico para humanos. Sendo o A. japonicus o mais seguro dos fungos testados. Com relação à produção de enzimas celulolíticas observou-se que os microrganismos isolados não apresentaram esta atividade. Neste trabalho, os resultados obtidos com as espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium corroboram os de outros trabalhos, que destacam a capacidade desses dois gêneros fúngicos em produzir enzimas extracelulares, sobre diversos substratos. Pode-se concluir que o potencial biotecnológico dos isolados é considerado promissor para a produção de amilase, desde que ocorra uma identificação correta das espécies.