27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:562-1


Poster (Painel)
562-1Produção de xilanase por Penicillium chrysogenum URM 6022
Autores:SILVA, A.C. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; QUEIROZ, A.E.S.F. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; SILVA, S.A. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; NASCIMENTO, T.C.E.S. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; GOMES, J. E. G. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; SILVA JÚNIOR, J.I.S. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; SILVA, L.R.C (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco/ Departamento de Micologi) ; MEDEIROS, E. V. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; MOREIRA, K.A. (UFRPE - UAG - Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Resumo

Xilanases são hidrolases capazes de diminuir o efeito antinutricional causado pelas fibras solúveis presentes nos alimentos de origem vegetal. Devido a esta ação seu emprego como suplemento em rações tem sido de grande importância para os animais monogástricos, mediante a coversão da xilana contida na ração em seus açúcares constituintes melhorando significativamente a energia metabolizável dos alimentos. Portanto, sua ação sobre as rações aumenta a conversão alimentar e o ganho de peso desses animais. Essas enzimas podem ser produzidas por vários micro-organismos, porém fungos filamentosos são interessantes para indústria por apresentarem alta produção. Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência de variáveis para produção de xilanase. Penicillium chrysogenum URM 6022 foi cedido pela Coleção de Culturas – Micoteca URM do Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. O sistema fermentativo foi constituído por extrato de levedura 0,5% e resíduos agroindustriais (palma triturada e farinha da entrecasca da mandioca) para um volume total 30 mL. A fermentação submersa ocorreu a 30 ºC em agitador orbital (120 rpm). Um planejamento fatorial fracionário 24 foi reproduzido, onde, houve a distribuição dos níveis das variáveis experimentais: concentração do inóculo (105, 106 e 107 esporos mL-1), tempo de fermentação (72, 96 e 120 h), concentração de palma (0,5; 1,0 e 1,5%) e concentração da farinha da entrecasca da mandioca (1,5; 2,0 e 2,5%). A atividade xilanásica foi detectada em todos os ensaios testados, no entanto, a maior atividade (24,60 U mL-1) foi obtida no ensaio de maior concentração do inóculo e maiores valores para o tempo de fermentação; concentração de palma e da farinha da entrecasca da mandioca. Este resultado pode ser confirmado ao analisar o efeito das variáveis a 5%, pelo teste T de Student, que por sua vez mostra que a concentração do inóculo teve efeito negativo para produzir xilanase; já a farinha da entrecasca da mandioca e o tempo determinaram efeito positivo, assim como o efeito de suas interações. A concentração de palma não foi significante na produção da enzima. Com a utilização do planejamento fatorial 24, foi possível produzir xilanase por P. chrysogenum URM 6022, podendo identificar as melhores condições de produção e o grau de influência das variáveis.