27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:557-1


Poster (Painel)
557-1PROCESSO DE OTIMIZAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE QUITINASES ANTIFÚNGICAS POR Aspergillus japonicus E Trichoderma virens
Autores:Silva, P.O. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Henkin, N.C.N. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Matos, T.G. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Guimarães, N. C. A. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Marchetti, C. R. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Sorgatto, M. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Zanoelo, F. F. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Giannesi, G. C. (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)

Resumo

A quitina é um polímero de N-acetil-D-glicosamina (N-acetil-2-amino-2-deoxi-D-glicopiranose) unidos por ligações glicosídicas β-1,4, presentes no exoesqueleto de insetos, concha de crustáceos, e parede das células de fungos. As quitinases são um grupo de enzimas hidrolíticas capazes de hidrolisar as ligações β-1,4 da molécula de quitina.Ocorrem em diversos organismos incluindo vírus, bactérias, insetos, plantas, animais e fungos. Em biotecnologia, as quitinases extracelulares são usadas, principalmente, na lise da parede das células fúngicas. O presente trabalho teve como objetivo produzir e caracterizar bioquimicamente quitinases a partir de Aspergillus japonicus e Trichoderma virens e avaliar sua aplicação no controle microbiano. Os fungos foram inoculados em 25ml de meio TLE com quitina 0,5% como fonte de carbono e crescidos em estufa a 30oC sob condição agitada (110 rpm). A atividade antifúngica foi observada em microscópico óptico após incubação das quitinases de A. japonicus ou T. virens com Fusarium sp. e Aspergillus flavus em tampão acetato de sódio 50mM durante 96h a 45°C. Nos testes de condições ótimas para a produção de quitinases extracelulares, A.japonicus apresentou produção máxima quando crescido em 0,1% de extrato de levedura (447,80 U/mg), em pH 6,0 (84,54 U/mg) e com 168 horas de crescimento. Para T.virens a produção enzimática foi máxima em pH 7,0(1.112,46U/mg), com 72h de cultivo, na ausência de fonte de nitrogênio. As quitinases produzidas por A. japonicus e T. virens apresentaram 65°C como temperatura ótima de atividade. O extrato bruto de A. japonicus mostrou atividade antifúngica contra Fusarium sp. Já ,T. virens promoveu a lise da parede de Fusarium sp. e Aspergillus flavus. Quitinases com propriedades antifúngicas podem ser usadas como agentes no biocontrole substituindo fungicidas químicos.