27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:545-2


Poster (Painel)
545-2PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE DIFERENTES FONTES DE MILHO
Autores:BELTRAME, H. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; VITOR, T.M.S. (CENA-USP - Centro de Energia Nuclear na Agricultura) ; TIKAMI, I. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; SICA, P. M. S. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; SILVA, A. P. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; NISHIMURA, R. D. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; MARABESI, A. O. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; CHINAGLIA, A. C. Z. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; CARVALHO, R. S. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; BAPTISTA, A.S. (ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz")

Resumo

Nos últimos anos têm crescido o interesse da humanidade por combustíveis substitutos ao petróleo. Entre os substitutos estão os biocombustíveis e dentre estes o que mais se destaca atualmente é o etanol. No Brasil, utiliza-se como matéria-prima para produção deste combustível a cana-de-açúcar. Contudo, o milho pode ser outra matéria-prima para a produção de etanol, sendo a mais utilizada para a produção de etanol nos USA, o maior produtor mundial deste combustível. O milho como matéria-prima para produção de etanol também poderia ser utilizado no Brasil, como alternativa para melhorar a remuneração aos agricultores em algumas regiões específicas do país onde se têm dificuldade de escoamento de safra por falta de infraestrutura e para a produção de etanol no período de entressafra da cana-de-açúcar. Por esses motivos, o objetivo desse trabalho foi estudar o potencial de produção de etanol a partir de grãos de milho obtidos no comércio e de sementes de milho vencidas. Foram realizados 2 tratamentos com 3 repetições cada. Tanto os grãos de milho, quanto as sementes de milho, foram moídos em granulometria inferior a 2 mm e ressuspensos em água para forma uma solução de 25 % (m/m). Em seguida foi aquecida a 82 °C para a realização da gelatinização e a primeira parte da hidrólise do amido, através da adição de enzimas alfa-amilase (0,025 % m/m) e tempo de exposição de 60 minutos. Posteriormente, a temperatura foi reduzida para 65 °C e foi adicionada a enzima amiloglucosidase (0,005 % m/m) permanecendo nessas condições por 90 minutos até o término da hidrólise. Após a hidrólise os teores de açúcares redutores foram de 16,07% para os grãos de milho e de 14,91 % para as sementes de milho. Na sequencia, o mosto foi resfriado e inoculou-se leveduras, Saccharomyces cerevisiae,(3% m/v) para a realização da fermentação alcoólica. Ao fim da fermentação, foi realizada a análise do teor alcoólico do vinho. Nos tratamentos com grãos de milho foram observados a produtividade média de 7,24 (g/L/h) +/- 0,57 e o rendimento da fermentação de 70,86 %; já as sementes de milho vencidas a produtividade de 6,85 (g/L/h) +/- 0,26 e o rendimento da fermentação de 72,06 %. Conclui-se que além do milho grão, é viável o aproveitamento de sementes de milho vencidas para produção de etanol.