27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:539-2


Poster (Painel)
539-2Avaliação da concentração inibitória mínima do extrato da casca de barbatimão Stryphnodendron adstringens e ácido tânico purificado sobre o desenvolvimento das hifas e esporângio de Pythium insidiosum
Autores:Trolezi, R. (IBB UNESP BOTUCATU - Instituto de Biociências) ; Azanha, J.M. (USC BAURU - Universidade Sagrado CoraçãoIBB UNESP BOTUCATU - Instituto de Biociências) ; Paschoal, N.R. (FMVZ UNESP BOTUCATU - Faculdade de Medicina Veterinária e ZootecniaIBB UNESP BOTUCATU - Instituto de Biociências) ; Fernandes Júnior, A. (IBB UNESP BOTUCATU - Instituto de Biociências) ; Bosco, S.M.G. (IBB UNESP BOTUCATU - Instituto de Biociências)

Resumo

Pythium insidiosum é um oomiceto aquático, cuja forma infectante são os zoósporos. Estes penetram em tecido vegetal e iniciam a formação das hifas, bem como em tecido animal injuriado, causando a pitiose. Diversos ensaios com fármacos antifúngicos, alguns antibióticos e extrato de alho têm mostrado a inibição do desenvolvimento dos zoósporos in vitro. Nestes estudos, até o momento, não foram determinado se a Concentração Inibitória Mínima (MIC) obtida para os zoósporos foi a mesma capaz de inibir o desenvolvimento das hifas. Nesse sentido, avaliaram-se 8 isolados de P. insidiosum, com extrato da casca de barbatimão e ácido tânico purificado com o objetivo de verificar se a MIC obtida para o desenvolvimento das hifas é capaz de inibir o desenvolvimento dos zoósporos. Fragmentos padronizados de 5 mm de diâmetro foram tratados com 3, 3,5 e 4 mg/mL de extrato da casca de barbatimão e 0,5, 1 e 1,5 mg/mL de ácido tânico purificado, diluídos em caldo Sabouraud (SAB) em volume final de 1 mL, por 24 h a 35°C sob constante homogeneização. Após, estes foram cultivados individualmente em placas com Agar SAB a 35°C para verificação do seu crescimento durante 7 dias. Como controle utilizou-se apenas o caldo SAB. Os fragmentos foram avaliados em 5 repetições. Para a inibição dos zoósporos seguiu-se metodologia clássica de produção de zoósporos in vitro pela utilização de gramíneas parasitadas com o patógeno em meio líquido de indução (MI), que foi o grupo controle. A CIM obtida para as hifas foram utilizadas em MI para a inibição dos esporângios. Verificou-se que para o extrato da casca de barbatimão as hifas foram totalmente inibidas na concentração de 3,5 mg/mL e para o ácido tânico foi 1,0 mg/mL. Em relação à produção de zoósporos, observou-se que as mesmas concentrações foram capazes de inibir o desenvolvimento das hifas no MI consequentemente não havendo a produção de esporângios e liberação de zoósporos. Esses resultados mostraram que a CIM verificada para as hifas foi capaz de inibir a produção de zoósporos. Vale destacar que a hifa corresponde à forma parasitária do patógeno e sugere-se a utilização destas para os testes de sensibilidade. Outro ponto a ser destacado diz respeito às questões de biossegurança, uma vez que os zoósporos correspondem à forma infectante do patógeno e podem propiciar mais facilmente acidentes laboratoriais.