27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:517-1


Poster (Painel)
517-1Perfil epidemiológico dos casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave - Influenza no município de Goiânia entre 2009 e 2012
Autores:Ternes, Y.M. (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) ; Franca, D.D.S. (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) ; Gomes, N.C. (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) ; Nascimento, L.B (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) ; Silva, J.B. (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) ; Silva, F.P.A. (SMS-GOIÂNIA - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia)

Resumo

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma doença infecciosa causada por uma variedade de agentes, dentre eles o vírus Influenza. A infecção causada pelo vírus é aguda, podendo acarretar desde sintomas comuns de gripe a complicações respiratórias importantes, bem como predispor a infecções bacterianas secundárias, como pneumonia e meningite. Este trabalho tem como objetivo fazer uma descrição, nos últimos quatro anos, dos casos de SRAG notificados no município de Goiânia. Durante a pandemia em 2009, ocorreram 660 notificações no município, com 184 (27,9%) casos positivos para Influenza. Destes, 169 foram confirmados para H1N1 pandêmico 2009 (pH1N1), sendo 20 óbitos, e 15 casos para Influenza sazonal e 1 óbito relacionado. Apenas 57 (8,6%) casos receberam a vacina neste ano, 71 (10,8%) eram gestantes e 177 (26,8%) portadores de doença crônica. Após a vacinação ocorrida em massa no ano de 2010, os casos notificados diminuíram consideravelmente, com 182 notificações no período, apenas 3 casos confirmados para pH1N1, 3 para Influenza B e 4 casos de Influenza A sazonal, sem a ocorrência de óbito. Em 2011 ocorreu a mesma tendência de declínio, com apenas 35 notificações e dois casos positivos para Influenza A sazonal, não havendo óbito associado. Já em 2012, um aumento de mais de 400% foi observado em relação ao ano anterior, com 144 notificações, 8 casos positivos para pH1N1, com 3 óbitos correlacionados, e 6 casos de Influenza sazonal, com 1 óbito. No ano de 2012, apenas 39 (27,3%) dos casos notificados foram vacinados, 28 (19,6%) eram gestantes e 42 (29,4%) portadores de doença crônica. Dois anos após a pandemia, foi possível observar uma diminuição do efeito da vacinação, com declínio da memória imunológica dos vacinados e redução da população imunizada pelo Ministério da Saúde a partir de 2011, bem como na diminuição da adesão de medidas profiláticas. Assim, a circulação do vírus se tornou mais evidente, favorecendo ao aumento dos casos notificados, bem como daqueles confirmados para Influenza (pH1N1 e sazonal). A vigilância dos casos notificados demonstra a importância de medidas básicas de prevenção, o que reforça a necessidade da continuidade de boas práticas de higiene e prevenção de doenças respiratórias, associadas à vacinação da população, para assim controlar e até diminuir a circulação do vírus, reduzindo os números de casos graves associadas à doença.