27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:510-1


Poster (Painel)
510-1REUSO DO LODO PROVENIENTE DE UM RETOR ANAERÓBIO DE LEITO FLUIDIZADO NA CULTURA DA SOJA
Autores:Bohm, G.M.B (IFSUL - Instituto Federal Sul-rio-grandense) ; Sanches, P.J. (IFSUL - Instituto Federal Sul-rio-grandense) ; Oliveira, T. (IFSUL - Instituto Federal Sul-rio-grandense)

Resumo

O cultivo de soja com a utilização de lodo como fonte de nutrientes resulta em uma nova sistemática de reposição matéria orgânica e de nutrientes ao solo. A aplicação de lodo poderá suprir as necessidades da planta e proporcionar melhor condicionamento do solo. O lodo de esgoto é um resíduo de composição predominantemente orgânica, obtido ao final do processo de tratamento de águas servidas, à população. Sua destinação racional se faz necessária diante dos problemas ambientais que podem ser causados pelo seu acúmulo. Desenvolveu-se esse trabalho com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de diferentes doses de lodo, sobre atributos microbianos do solo durante o cultivo de soja. Nesse contexto foi implantado um experimento em área experimental do curso de química do Instituto Federal Sul-rio-grandense na safra de verão de 2012/2013, num total de 150 dias. Como material vegetal foi utilizado a cultivar de soja BRS 246 RR fornecido pela Embrapa CPACT, o lodo utilizado foi obtido na estação de tratamento de esgoto de Pelotas - RALF Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado (RALF/SANEP). Como solo utilizou-se Argissolo vermelho-amarelo distrófico utilizando-se tratamentos sem adição de lodo, com três diferentes dosagens de lodo ou com adubação mineral, num delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. No estudo, foram avaliados os teores de carbono orgânico total e carbono da biomassa microbiana do solo. Os resultados evidenciaram que os tratamentos com adubação mineral não apresentaram diferença em relação ao tratamento testemunha quanto aos atributos microbianos avaliados e que as maiores doses de lodo resultaram em maiores teores de carbono orgânico total e carbono da biomassa microbiana, respectivamente 17% e 20% superiores em relação ao tratamento testemunha, contribuindo positivamente para a atividade microbiana do solo.