27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:506-2


Poster (Painel)
506-2BIOATIVIDADE in vitro DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia gracilis SCHAUER SOBRE O FUNGO Macrophomina phaseolina.
Autores:FERNANDES, L. C. B. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; ALBUQUERQUE, C. C. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; SALES JUNIOR, R. (UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido) ; OLIVEIRA, F. F. M. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; BARBOZA, H. S. (UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido) ; GURGEL, E. P. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; SILVA, M. D. S. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; MESQUITA, M. V. de (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; DIAS, F. K. D. (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) ; SILVA, M. G. da (UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)

Resumo

O fungo Macrophomina phaseolina Tassi (Goid) é o agente de podridão em mais de 500 espécies de plantas e um dos fungos mais prevalecentes no Brasil. A fonte de inóculo primária é de natureza polífaga e muito infectante, sendo constituída pela semente infectada e restos de cultura colonizada pelo micélio do fungo. O patógeno apresenta estruturas de resistência e vem sendo combatido através do controle químico. No entanto, a exploração da atividade biológica dos óleos essenciais de plantas pode constituir-se numa forma efetiva de controle de doenças fúngicas de plantas. O óleo essencial de Lippia gracilis Schauer (alecrim-da-chapada) destaca-se, pois possui atividade antimicrobiana e antifúngica comprovadas devido à presença de dois monoterpenos fenólicos, o carvacrol e o timol. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito do óleo essencial de L. gracilis sobre o crescimento micelial in vitro do fungo M. phaseolina. O experimento foi montado em maio de 2013 no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Mossoró-RN. Discos de micélio do fungo M. phaseolina com 3 mm de diâmetro foram inoculados no centro de placas de Petri contendo 20 ml de meio BDA (batata, dextrose, ágar) com óleo de L. gracilis, nas concentrações: 0, 100, 200, 300, 400 e 500 μL.L-1. Após 48 horas de montagem do experimento, foi mensurado, diariamente e com o auxílio de um paquímetro, o diâmetro médio das colônias em dois sentidos diametralmente opostos, realizada até o completo crescimento dos fungos nas placas da testemunha (T1). Para calcular a porcentagem de inibição, foi aplicada a fórmula de Edington, a saber: I=[(CFC-CFT)/CFC]x 100, onde: I= porcentagem de inibição; CFC= crescimento do fungo no controle; CFT= crescimento do fungo no tratamento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 5 repetições, com cada repetição composta por 3 placas. As médias foram comparadas pelo Teste de Tukey a 1% de significância. Observou-se que todos os tratamentos revelaram diferença estatística em relação ao tratamento testemunha (T1), que não apresentou inibição. Os demais tratamentos apresentaram os seguintes percentuais de inibição: T2 (0,63%), T3 (44,37%), T4 (82,71%), T5 (95,54%) e T6 (97,48%). Conclui-se que o óleo essencial de L. gracilis tem um efeito positivo na inibição do crescimento micelial in vitro de M. phaseolina sugerindo a potencialidade do seu óleo essencial no controle do fungo estudado.