Resumo

Um dos temas mais frequentemente discutidos no mundo refere-se à segurança alimentar, uma vez que a matéria prima utilizada na produção de alimentos deve ser seguro para quem consome. O comércio de alimentos de rua representa verdadeiro desafio aos serviços de vigilância sanitária, uma vez que proliferam a cada momento, e o governo muitas vezes não está preparado para fiscalizá-los adequadamente, e dar segurança ao consumidor. Atualmente, a qualidade é um componente fundamental dos alimentos, e segurança é um item indispensável à qualidade, sendo relevante conhecer as variáveis que podem afetar tais componentes, como a condição higiênico-sanitária dos alimentos, onde o manipulador interfere diretamente, podendo comprometer a qualidade dos mesmos durante as diferentes fases da produção. A contaminação microbiológica de alimentos tem sido alvo de constantes mudanças nos procedimentos de controle higiênico-sanitário na produção de alimentos. Por tanto o presente trabalho objetivou avaliar a qualidade higiênico-sanitária de cachorros-quentes Comercializados por vendedores ambulantes fixos do Natal/RN, o protocolo microbiológico seguiu padrões recomendados pela resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, incluindo as contagens de coliformes Totais (35ºC) e Fecais (45ºC), Staphylococcus coagulase positiva, além da pesquisa de salmonellas sp. Os níveis de coliforme fecais obtidos nas amostras do cachorros-quente estiveram de acordo com RDC nº 12, 02 de 2001, e a presença do staphylococcus aureus foi observada nas amostras analisadas, entretanto os mesmos não apresentaram presença de salmonella. Os resultados sugerem realizar análise microbiológica de cachorros-quentes comercializados por vendedores ambulantes fixos na cidade do Natal/RN, com a proposta de fazer uma levantamento da atual situação de adequação do consumo deste alimento, pois uma análise mais rigorosa dos resultados deste trabalho indicou que nenhuma amostra pôde ser considerada segura para o consumo, pois todas apresentaram ao menos um fator de risco á saúde humana, de acordo com a resolução Nº 12 de janeiro de 2001 da ANVISA.