27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:486-2


Poster (Painel)
486-2ATIVIDADE DO EXTRATO ALCOOLICO DE DIFERENTES ESPÉCIES VEGETAIS DA FAMÍLIA Myrtaceae ATRAVÉS DO MÉTODO DE MICRODILUIÇÃO
Autores:Scur, M.C. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Pinto, F.G.S. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Temponi, L.G. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Fruet, T.K. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Pandini, J.A. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Kuo, L.H. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Santanda, C.B. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Souza, J.G.L. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Cezar, T.P. (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)

Resumo

O uso indiscriminado de antimicrobianos sintéticos acarretaram no surgimento de micro-organismos resistentes. Portanto, é importante que sejam realizadas pesquisas que visem a substituição desses produtos, destacando-se então os extratos vegetais. O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta, e, dentre as famílias vegetais abundantes está a família Myrtceae. O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de duas espécies da família Myrtaceae frente a patógenos do setor avícola. As plantas utilizadas foram Eugenia uniflora L. (pitanga) e Psidium cattleianum (aracá). As folhas foram coletadas e secas a 40oC e moídas em moinho de facas. Para a obtenção dos extratos alcoólicos (EA), adicionou-se ao pó álcool etílico PA na proporção de 1:10 (p/v) para agitação por 24 horas em shaker, e após esterilizados por filtração. A concentração dos extratos foi realizada em evaporador rotativo a uma temperatura de 40º C. Os micro-organismos utilizados para o presente estudo foram Escherichia coli, Salmonella Enteritidis, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, e Candida albicans. A metodologia utilizada foi o método de microdiluição em caldo, visando determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM), variando as concentrações de teste de 100 mg.mL-1 a 0,03 mg.mL-1. Os extratos avaliados apresentaram inibição do crescimento dos micro-organismos. Para S. aureus, o extrato de pitanga apresentou CIM de 0,39 mg.mL-1 e CBM de 0,78 mg.mL-1 enquanto o extrato de Aracá apresentou CIM de 0,28 mg.mL-1 e CBM de 0,58 mg.mL-1. Para C. albicans, o extrato de pitanga apresentou CIM de 0,39 mg.mL-1 e CBM de 0,78 mg.mL-1, enquanto o extrato de aracá apresentou CIM de 0,58 mg.mL-1 e CBM de 1,17 mg.mL-1. Para E. coli, o extrato de aracá apresentou atividade bacteriostatica de 0,58 mg.mL-1 e bactericida de 1,17mg.mL-1. Para Salmonella Enterica, os extratos variaram a CIM entre 0,09 mg.mL-1 e 0,58 mg.mL-1, e para a CBM entre 0,19 mg.mL-1 a 1,17 mg.mL-1. Por fim, para E. faecalis, a atividade variou 0,58 mg.mL-1 e 1,16 mg.mL-1 para CIM e 1,17 mg.mL-1 a 3,125 mg.mL-1 para CBM. Em geral, os extratos apresentaram atividade semelhante entre si e também, os valores de CIM e CBM não variaram em relação às cepas. Devido à boa atividade apresentada pelos extratos, eles podem representar alternativas eficazes no controle de patógenos.