Resumo

Septicemia é uma infecção grave, com risco de vida que se agrava rapidamente. A sepse pode surgir a partir de infecções em todo o corpo, incluindo infecções nos pulmões, abdômen e trato urinário e tem como etiologia mais frequente a bacteriana. Este trabalho tem como escopo levantar dados recentes epidemiológicos nos estados brasileiros sobre a sepse no Brasil. Através de um estudo retrospectivo descritivo baseado em dados coletados do sistema de informação hospitalar do SUS (SIH/SUS), DATASUS. Segundo o DATASUS entre o período de 2008 e 2013 foram notificados 384.143 casos de sepse em todo o Brasil, sendo que a região de maior prevalência foi o Sudeste com 197.404 e de menor a região Norte com 20.276 diagnosticados. Entre os dados coletados um dado curioso aponta que a sepse acomete tanto o sexo masculino quanto o feminino em frequências aproximadas, mas o sexo masculino ainda tem maior incidência com 52,76% dos casos. Outro dado tem mostrado que o paciente idoso tem quadro mais agravante e maior frequência de sepse do que pacientes adultos jovens e crianças, entretanto, sabe-se que o idoso tem diminuição nas taxas imunológicas facilitando infecções que podem ocasionar a sepse, também pode haver quadros de resistência à antibióticos ora utilizados pelo mesmo. Tendo em vista que a subnotificação ainda é um obstáculo em todo o país e mesmo com os avanços na medicina em todas as áreas afins, os índices de mortalidade da septicemia ainda são elevados. Vale ressaltar a importância do tratamento imediato com antibióticos, antes mesmo de dispor dos resultados das culturas do laboratório que identifique o tipo de bactéria causadora da sepse, mas sabe-se que o uso do mesmo deve ser comedido ao caso que for relatado, pois não se pode deixar de ter resultados das culturas, até porque além de direcionar o tratamento, o paciente terá melhora em seu diagnóstico e desse modo diminuirá o risco de morte do enfermo.