27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:465-1


Poster (Painel)
465-1Pré-tratamento alcalino de bagaço de cana-de-açúcar e produção de enzimas celulolíticas pelo fungo Trichoderma reesei QM9414
Autores:SILVA, D.F. (UNESP - ASSIS - Universidade Estadual Paulista - Câmpus AssisUNESP - RIO CLARO - Universidade Estadual Paulista - Câmpus Rio Claro) ; SANTOS, R.F. (UNESP - ASSIS - Universidade Estadual Paulista - Câmpus Assis) ; KIYOHASHI, M.H. (UNESP - ASSIS - Universidade Estadual Paulista - Câmpus Assis) ; CARVALHO, A.F.A. (UNICAMP - Universidade Estadual de CampinasUNESP - ASSIS - Universidade Estadual Paulista - Câmpus Assis) ; OLIVA NETO, P. (UNESP - ASSIS - Universidade Estadual Paulista - Câmpus AssisUNESP - RIO CLARO - Universidade Estadual Paulista - Câmpus Rio Claro)

Resumo

A crescente demanda por bioenergia faz com que seja necessária a busca por novas tecnologias para o reaproveitamento dos resíduos agroindustriais lignocelulósicos, visto que estes são uma rica fonte de carboidratos e energia. Contudo para um melhor aproveitamento mostra-se necessário um pré-tratamento químico, assim como a produção de enzimas celulolíticas, as quais podem ser obtidas por fungos. O objetivo do presente trabalho foi dividido em duas etapas: 1ª) pré-tratamento alcalino (NaOH) do bagaço de cana visando a liberação de Açúcares Redutores (AR); 2ª) utilização do bagaço pré-tratado na produção de enzimas celulolíticas utilizando o Trichoderma reesei QM9414.O pré-tratamento alcalino foi feito em 45 minutos na proporção 1:20 (m/v) em relação ao bagaço e o NaOH, nas temperaturas de 48ºC, 85ºC e 121ºC, em concentrações de 4%, 5% e 6% (NaOH).Após, os substratos foram lavados com água deionizada e deixados para secar em estufa, posteriormente 0,016g destes foram colocados por 60 minutos com celulase comercial,visando à liberação de AR. Na produção de celulases pelo T.reesei QM9414, um círculo de 10mm de diâmetro do fungo filamentoso (placas de petricom PDA) foi transferido para cada Erlenmeyers contendo 80 mL do meio de cultivo: 3% substrato (bagaço de cana in-natura e/ou pré-tratados); 0,11% de K2HPO4, 0,1% de (NH4)2SO4, 0,0017% de MgSO4.7H2O, 0,0028% de ZnSO4.7H2O, 0,1% de Extrato de levedura, 0,1% de MAP (NH4H2PO4), 0,06 % KCl. Estes foram colocados por 7 dias a 180rpm a 28ºC e pH 4,5. A produção de celulases foi quantificada pela técnica de FPase. A reunião dos resultados mostrou que o melhor pré-tratamento alcalino foi a 121ºC e 6%, com liberação de 0,940±0,02 mg de AR, ou 6% de AR totalem 1 hora, enquanto o tratamento de menor intensidade (48ºC e 4%) obteve 0,478±0,006 mg de AR, ou seja 3% em 1 hora. Para produção de enzimas celulolíticas o melhor resultado foi do bagaço in-natura com 0,11±0,001 FPU/mL, seguido pelo pré-tratamento de menor intensidade (48ºC e 4%) 0,052±0,001 FPU/mL, contra 0,023±0,0004 FPU/mL do tratamento de maior intensidade (121ºC e 6%,). Com os resultados apresentados foi demonstrado que apesar de o pré-tratamento químico induzir uma abertura das fibras do material lignocelulósico, comprovado pela ação da enzima comercial sobre os substratos tratados, estes pré-tratamentos não foram efetivos na produção de enzimas celulolíticas pelo T.reesei QM9414.