27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:418-1


Poster (Painel)
418-1ESTUDO INTERLABORATORIAL PARA AVALIAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Autores:VIDAL, M.S.M. (IMTSP - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo) ; DEL NEGRO, G.M.B. (LIM53 HCFMUSP - Laboratório de Investigação Médica LIM53 HCFMUSP) ; BENARD, G. (LIM53 HCFMUSP - Laboratório de Investigação Médica LIM53 HCFMUSP) ; VICENTINI, A.P. (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Svidzinski, T.E. (LEPAC MARINGÁ PR - LEPAC Micologia Médica Universidade Estadual de Maringá) ; MENDES-GIANINI, M.J. (UNESP - Laboratório de Micologia Clínica UNESP Araraquara SP) ; FUSCO, A.M.A. (UNESP - Laboratório de Micologia Clínica UNESP Araraquara SP) ; MARTINEZ, R. (FMUSPRP - Hospital das Clinicas da FMRP-USP Laboratório de Sorologia) ; CAMARGO, Z.P. (UNIFESP - Laboratório de Micosorologia UNIFESP) ; TABORDA, C.P. (IMTSP - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo)

Resumo

Introdução: Paracoccidioidomicose (PCM) é infecção fúngica sistêmica mais prevalente na América Latina, tendo Paracoccidioides brasiliensis como agente etiológico e mais recentemente P. lutzii. O diagnóstico é realizado por meio da demonstração do fungo no exame direto, histopatológico e isolamento em meio de cultura. Entretanto o crescimento de P. brasiliensis é lento, podendo demorar até 30 dias. As reações sorológicas contribuem para o diagnóstico rápido, simples e de baixo custo, além de apresentar valor prognóstico e auxiliar no monitoramento da eficácia terapêutica. Os laboratórios dos centros de excelência utilizam rotineiramente as reações de Imunodifusão dupla (IDD) e/ou Contraimunoeletroforese (CIE) na detecção de anticorpos específicos para diagnóstico sorológico da PCM. Devido à ausência de kits comerciais disponíveis, é grande a diversidade de procedimentos e antígenos empregados. Avaliamos a concordância entre os resultados obtidos em cinco centros localizados nas regiões endêmicas no Estado de São Paulo e um em Maringá (PR). Material e Métodos: Centro coordenador foi o Laboratório de Micologia Médica de Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e LIM 53 (HCFMUSP) e os colaboradores: Laboratório de Imunodiagnóstico das Micoses Instituto Adolfo Lutz; Laboratório de Micosorologia da UNIFESP; Laboratório de Micologia Clínica da FCF da UNESP (Araraquara); Laboratório de Sorologia do HC FMUSP (Ribeirão Preto) e Laboratório de Micologia Médica da Universidade Estadual de Maringá. Cada centro disponibilizou 30 soros de pacientes com PCM. O centro coordenador disponibilizou seis soros de indivíduos sadios. Os resultados convertidos em escores (negativo=0; 1:1 a 1:8=1; 1:16 a 1:32=2 e ≥ 1:64=3) foram comparados através de suas medianas pelo teste de Friedman seguido do teste de Post Hoc de Dunn. As análises foram feitas com o software SPSS 13.0 e GraphPad InStat 3.01 e adotado nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes tanto quando comparando resultados feitos com a mesma técnica, como comparando resultados com técnicas diferentes. Podemos ressaltar que houve discordância, em alguns casos entre os resultados positivos (apenas no escore=1) e negativos (escore=0). A CIE revelou escores mais elevados que a IDD e essa diferença pode influenciar a interpretação clínica. Conclusão: O estudo revelou a necessidade de padronização das metodologias, bem como da elaboração dos antígenos envolvidos nestas reações sorológicas. Sendo fundamental para que paciente e o clínico possam, independentemente do laboratório, obter um resultados uniformes. Apoio 2011/22467-2