27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:396-1


Poster (Painel)
396-1Caracterização parcial de proteases produzidas por Aspergillus tamarii URM 4634
Autores:Gomes, J.E.G. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Nascimento. T.C.E.S. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Silva Júnior, J.I.S. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Queiroz, A.E.S.F. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Silva, A.C. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Pessoa Júnior, A. (FCF/USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas - USP) ; Souza-Motta, C.M. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Moreira, K.A. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Resumo

As proteases, enzimas responsáveis pela catálise de proteínas, são amplamente utilizadas na indústria. Estas enzimas podem ser obtidas a partir de fontes vegetais, animais, ou microbianas, entretanto, os micro-organismos são considerados a melhor fonte enzimática, devido ao elevado rendimento de proteases e a sua ampla gama de propriedades bioquímicas e catalíticas. O objetivo deste estudo foi caracterizar parcialmente as proteases produzidas por A. tamarii URM 4634 no processo de fermentação submersa utilizando extrato de palma forrageira (Opuntia fícus indica L. Mill), entrecasca de mandioca (Manihot esculenta Crantz) e água de maceração do milho. Na caracterização parcial da protease foi verificada temperatura ótima, pH ótimo, estabilidade a temperatura e ao pH. Para temperatura ótima foram utilizadas temperaturas de incubação que variaram entre 40 – 80 °C. Enquanto que para os ensaios de pH ótimo, utilizou-se os tampões fosfato de sódio 0,2 M (pH 5,5; 6,0; 7,0), Tris-HCl 0,2 M (pH 7,5; 8,0; 8,5) e carbonato-bicarbonato (pH 9,0; 10,0; 10,5), acrescidos de azocaseína 1% (p/v) como substrato para a realização da atividade proteásica, sendo expressa em atividade relativa (%). Para a estabilidade térmica, assim como para a estabilidade ao pH, o extrato enzimático foi incubado nas mesmas condições dos estudos da temperatura e pH ótimos, com a retirada de alíquotas a cada 30 minutos, para a determinação da atividades enzimática, perfazendo um total de 180 minutos. Sendo esta atividade expressa em atividade residual (%). A temperatura ótima da protease foi a 50 ºC havendo uma queda de 78% de atividade relativa a partir dos 60 ºC. Enquanto que para o pH ótimo foi em Tris-HCl pH 7,5. Entretanto, nos demais tampões a atividade proteásica permaneceu sempre acima dos 60%. A estabilidade à temperatura apresentou 100%±0,84 de atividade residual aos 40 ºC após 180 minutos, permanecendo acima de 30% de atividade a partir dos 60 ºC. Enquanto para a estabilidade ao pH a atividade residual máxima foi de 96,49%±1,69 em pH 7,0 e 7,5, permanecendo sempre acima de 60% de atividade residual nas demais condições. Portanto, a protease produzida pelo A. tamarii URM 4634 apresenta condições para sua utilização na indústria em processos que não requerem temperaturas muito elevadas.