27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:374-3


Poster (Painel)
374-3EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Origanum vulgare L. E CARVACROL SOBRE A INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA CRUZADA EM Pseudomonas aeruginosa CULTIVADA EM CALDO CARNE
Autores:LUZ, I.S. (UFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de Alimentos) ; GOMES-NETO, N.J. (UFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de Alimentos) ; TAVARES, A.G. (UFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de Alimentos) ; MAGNANI, M. (UFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de AlimentosUFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de Alimentos) ; SOUZA, E.L. (UFPB - Laboratório de Microbiologia e Bioquímica de Alimentos)

Resumo

Visando atender a demanda dos consumidores por alimentos com maior qualidade organoléptica e tempo de prateleira aceitável, a aplicação de óleos essenciais e seus constituintes como antimicrobianos em alimentos vêm merecendo atenção nos últimos anos. Neste contexto, destacam-se o óleo essencial de Origanum vulgare L. (OEOV) e seu componente majoritário carvacrol (CAR), pela capacidade em inibir microrganismos de interesse em alimentos, a citar Pseudomonas aeruginosa, que tem apresentado alto nível de resistência antimicrobiana. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de concentrações subletais (1/2 CIM e 1/4 CIM) do OEOV e do CAR na indução de tolerância cruzada (NaCl, 100g/L; ácido lático, pH 5,2) em P. aeruginosa ATCC 9027. O OEOV e CAR apresentaram a mesma Concentração Inibitória Mínima (CIM = 0,6µL/mL) frente à P. aeruginosa. A indução de tolerância cruzada foi realizada por exposição (18 h) da cepa a concentrações subletais do OEOV ou CAR em caldo carne utilizado como substrato de crescimento (a 35 ºC), seguida pela adição de NaCl ou ácido lático ao longo de 240 minutos. Não foi observada indução de tolerância cruzada, visto que as células adaptadas apresentaram contagens de células viáveis menores (P < 0,05) que as células não adaptadas (experimento controle) quando cultivadas na presença dos outros agentes estressores testados, bem como foi observado padrão de curva de morte/sobrevivência microbiana similar entre os dois grupos de células para os sistemas com o OEOV ou CAR. Pode-se inferir que a exposição ao OEOV e CAR não induziu o desenvolvimento de osmotolerância (NaCl) e ácidotolerância (ácido lático) em P. aeruginosa ATCC 9027 cultivada em caldo carne, reforçando a importância do potencial antimicrobiano destes compostos para uma aplicação futura em alimentos.