27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:364-2


Poster (Painel)
364-2ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Ocimum basilicum variedade Maria Bonita CONTRA MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS PARA HUMANOS
Autores:Cardoso, N.N.R. (PBV - Programa de Biotecnologia VegetalIMPG - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes) ; Blank, A.F. (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Alviano, C.S. (IMPG - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes) ; Alviano, D.S. (IMPG - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes)

Resumo

O uso de plantas medicinais é observado desde a antiguidade e está relacionado com as diferentes atividades de seus extratos e óleos essenciais. As folhas e flores de O. basilicum L., popularmente conhecido como manjericão, são utilizadas na medicina popular para tratar doenças como: febre, má digestão, náuseas, cólicas abdominais, gastroenterite, enxaqueca, insônia e diarreia. A atividade antimicrobiana de diferentes extratos de manjericão tem sido descrita na literatura. Neste contexto investigamos a atividade antimicrobiana do extrato etanólico das folhas e inflorescências do Ocimum basilicum variedade Maria Bonita, frente à Escherichia coli, Lactobacillus casei, Streptococcus mutans, Candida albicans, Candida albicans resistente a fluconazol e Cryptococcus neoformans. As técnicas de TLC e de bioautografia foram utilizadas por permitir a separação das substâncias capazes de inibir o crescimento dos microrganismos utilizados. Foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) do extrato etanólico das folhas e inflorescências do manjericão, tendo como resultados para as bactérias: 0,35 mg/ml para as folhas e 0,175 mg/ml para a inflorescência, quando testado contra E. coli e CIM > 5,6 mg/ml para as folhas e a inflorescência contra S. mutans e L. casei. Para os fungos testados os resultados foram: 0,35 mg/ml para as folhas e 0,0875 mg/ml para a inflorescência, quando testado contra Cryptococcus neoformans e resultado de 1,4 mg/ml e 0,7 mg/ml para as folhas e a inflorescência, respectivamente, contra C. albicans sensível a fluconazol e 1,4 mg/ml para as folhas e 0,35 mg/ml para a inflorescência, quando testado contra C. albicans resistente a fluconazol. Os resultados obtidos demonstram que entre os microrganismos testados, o extrato etanólico apresentou uma melhor atividade contra Escherichia coli e Cryptococcus neoformans. O estudo em questão confirma o potencial antimicrobiano de O. basilicum despertando grande interesse na sua aplicação futura em fins terapêuticos de modo seguro e eficaz.