27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:360-2


Poster (Painel)
360-2Escherichia coli isoladas de urocultura de pacientes atendidos em unidades básicas de saúde de Ponta Grossa/PR
Autores:Ito, CAS (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Brito, L.C.W. (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Bail, Larissa (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Senchechem, A.S. (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; POLILLO, M.P. (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa)

Resumo

Introdução: Escherichia coli continua o principal patógeno em infecções do trato urinário (ITU). No entanto, a sensibilidade aos antimicrobianos (ATMS) pode variar e requer monitoramento constante, em especial em serviços municipais onde os antimicrobianos são distribuídos gratuitamente ou com preços reduzidos. O objetivo deste trabalho foi determinar as taxas de resistência (R) aos ATMs de E. coli isoladas de ITU. Material e Métodos: Foram estudadas 214 amostras de E. coli isoladas de pacientes atendidos nas unidades básicas de saúde de Ponta Grossa/PR, no período de 01/09 a 30/11 de 2012. O perfil de sensibilidade foi feito por meio do método de disco difusão com os seguintes ATMs: ácido nalidíxico (NAL), amicacina (AMI), ampicilina (AMP), ampicilina/sulbactam (ASB), cefalotina (CFL), ceftriaxona (CRO), ciprofloxacina (CIP), gentamicina (GEN), imipenem (IMP), nitrofurantoína (NIT), norfloxacina (NOR) e Sulfametoxazol/Timetoprim (SUT). Gênero e idade também foram avaliados. Os testes foram realizados no Laboratório Universitário em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (LUAC/UEPG). Para análise estatística foi aplicado o teste do qui-quadrado (c2), teste exato de Fisher e teste t utilizando o programa BioEstat 5.0. Resultados: A maior parte das amostras, n: 134 (62,6%) apresentou R a pelo menos uma classe de ATM. A idade nesse grupo variou de 1 a 83 anos, com média de 37,8 anos que foi superior (: 0,03739) à média da amostras sensíveis a todos os ATMs (32 anos). As amostras resistentes foram subdivididas em amostras com R até 2 classes de ATM (n: 95) e amostras com R a 3 classes ou mais (n: 39). Nessa subdivisão não houve diferença entre as médias de idade, porém mais homens estavam presentes entre as amostras com R a 3 classes ou mais (: 0,0054). Verificou-se a taxa de R (n/%) para os seguintes ATM: AMP (111/51,9); SUT (92/43); NAL (52/24,3); NOR (36/16,8); CIP (36/16,8); CFL (16/7,5); ASB (8/3,7); GEN (7/3,3); CRO (4/1,9); NIT (3/1,4). Nenhuma amostra foi resistente a AMI e IMP. Conclusão: Os dados mostraram altas taxas de E. coli resistente a AMP, SUT e quinolonas, o que reduz as opções de terapêutica empírica para ITU. Observou-se que quanto maior a idade maior a possibilidade de infecção por E. coli resistente e os homens estão mais sujeitos a ITU por E. coli resistente a 3 ou mais classes de ATM na população estudada.