27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:360-1


Poster (Painel)
360-1Comparação da Taxa de Resistência aos Antimicrobianos de Acinetobacter baumannii isolados em dois hospitais de Ponta Grossa/PR.
Autores:Ito, CAS (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Santos, BFS (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Santos, DO (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Bail, Larissa (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Bittencourt, JIM (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa)

Resumo

Introdução: Acinetobacter baumannii emergiu nos últimos anos como patógeno de grande importância em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) devido à crescente aquisição de mecanismos de resistência aos antimicrobianos (ATM), principalmente pela produção de β-lactamases. O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de resistência aos ATMs entre os hospitais participantes e pesquisar cabapenemases por métodos fenotípico em amostras de A. baumannii provenientes de UTIs de Ponta Grossa/PR. Material e Métodos: Foram avaliados trinta e seis (36) isolados de A. baumannii cedidos pelo hospital A (n:27) e pelo B (n:9) de dois hospitais de Ponta Grossa/PR entre 2010-12. O perfil de susceptibilidade foi feito por meio do método de disco difusão; pesquisou-se carbapenemases pelo método de Hodge Modificado (HM) e metalo β-lactamases (MβL) pelo método de Disco Combinado (DC) de imipenem e imipenem com EDTA 0,5M (pH 8,0). Os testes foram realizados no setor de microbiologia do Laboratório Universitário em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (LUAC/UEPG). Resultados: Comparando os hospitais participantes verificou-se a taxa de resistência (n/%) para os seguintes ATM: gentamicina A(18/66,7) e B(8/88,9); ceftazidima A(22/81,5) e B(9/100); amicacina A(22/81,5) e B(9/100); ciprofloxacina A(21/77,8) e B(9/100); cefpima A(22/81,5) e B(9/100); imipenem A(19/70,4) e B(9/100); meropenem A(22/81,5) e B(9/100); ticarcilina/clavulanato A(22/81,5) e B(9/100); piperacilina/tazobactam A(21/77,8) e B(9/100); sulfametoxazol/trimetoprima A(21/77,8) e B(9/100); levofloxacina A(22/81,5) e B(9/100); ampicilina/sulbactam A(11/40,7) e B(7/77,8); doxiciclina A(0/0,0) e B(0/0,0); tetraciclina A(0/0,0) e B(1/11,1). O único ATM que apresentou resultado diferente (:0,0124) foi a tobramicina A(5/18,5) e B(66,7). Dois isolados (5,5%), ambos do hospital A, foram positivos (halo maior que 7 mm) no teste DC. O teste de HM foi positivo em 11 isolados (30,6%) e não apresentou diferença significativa (:0,4088) entre os hospitais (7 dos hospital A e 4 do B). Uma das amostras positivas no teste DC para MβL também foi positiva no teste HM. Conclusão: A taxa de resistência aos antimicrobianos foi alta nos 2 hospitais, mas foi semelhante a outros estudos recentes para A. baumannii. Estudos moleculares estão em andamento para elucidação dos mecanismos de resistência por carbapenemases.