27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:350-2


Poster (Painel)
350-2Produção de etanol por Pichia stipitis e Zymomonas mobilis em SSF e SSSF usando fibra de coco maduro pré-tratada pelo processo hidrotérmico catalisado com hidróxido de sódio
Autores:Goncalves, F.A. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUMINHO - Universidade do Minho) ; Ruiz, H.A. (UMINHO - Universidade do MinhoUADEC - Universidade Autônoma de Coahuila) ; dos Santos, E.S. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Teixeira, J.A. (UMINHO - Universidade do Minho) ; de Macedo, G.R. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

A produção de etanol surge como alternativa de mitigar a pressão exercida pelos combustíveis fósseis e seus derivados, permitindo o aumento na oferta de energia líquida e limpa a matriz energética mundial. Neste sentido, este trabalho objetiva analisar o potencial da fibra de coco maduro pré-tratada pelo processo hidrotérmico catalisado com hidróxido de sódio fermentada pela Pichia stipitis e Zymomonas mobilis nas estratégias fermentativas de sacarificação e fermentação simultânea (SSF) e sacarificação e fermentação semi-simultânea (SSSF). A P. stipitis y7124 e Z. mobilis b14023 foram obtidas da coleção microbiológica do Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia da Universidade do Minho. A SSF e SSSF foram realizadas com 10 % (p/v) de material lignocelulósico (MLC) pré-tratado (2.5 % (p/v) de hidróxido de sódio à 180 °C por 30 min) e 48 mL de tampão de citrato de sódio a 50 mM (pH 5.0), carga enzimática de 30 FPU, 75 CBU e 130 xilanases por grama de MLC (Cellic CTec 2 e HTec 2), em frascos Erlenmeyer de 250 mL. A biomassa microbiana inoculada foi equivalente a densidade óptica de 2.0 em λ de 600 nm, acondicionado a 200 rpm, a 30 °C durante 60 h, porém, na SSSF o meio de cultivo foi inoculado após 12 h de hidrólise enzimática (50 °C e 150 rpm). As amostras foram analisadas utilizando HPLC. Todas as determinações foram realizadas em duplicata. A MLC in natura e pré-tratada apresentaram composições de 32.18 % glicose, 27.81 % hemicelulose e 25.02 % lignina; 56.44 % glicose, 12.59 % hemicelulose e 13.52 % lignina, respectivamente. A produção e rendimento de etanol em SSF por P. stipitis e Z. mobilis foram de 25.51 g/L e 0.42 g/g, 25.16 g/L e 0.45 g/g, respectivamente. A produção e rendimento de etanol em SSSF por P. stipitis e Z. mobilis foram de 26.53 g/L e 0.43 g/g, 25.99 g/L e 0.46 g/g, respectivamente. A possibilidade de assimilar e fermentar glicose e xilose pela P. stipitis, em comparação com a Z. mobilis resultaram nas maiores produções e produtividades volumétricas de etanol, mas com rendimentos menores de etanol, em relação a Z. mobilis. As SSSF apresentaram maiores produções de etanol durante os processos fermentativos em comparações as SSF. Diante disso, o MLC pré-tratado apresentou potencialidade de uso na produção de etanol, além da maior eficiência fermentativa apresentada pela SSSF.