27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:279-1


Poster (Painel)
279-1PCR QUALITATIVO PARA DIAGNÓSTICO DO VÍRUS HERPES SIMPLES TIPO 1 EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS
Autores:LOPES, A.O. (IOC - Instituto Oswaldo Cruz) ; PERSE, A.S. (IOC - Instituto Oswaldo Cruz) ; ALMEIDA, A.J. (IOC - Instituto Oswaldo CruzHUGG - Hospital Universitário Graffée e Guinle) ; SION, F.S. (HUGG - Hospital Universitário Graffée e Guinle) ; MORAIS-DE-SÁ, C.A. (HUGG - Hospital Universitário Graffée e Guinle) ; DE PAULA, V.S. (IOC - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

O herpes é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelo vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) pertencente a família dos Herpesviridae. O HSV-1 pode induzir lesões ao redor da boca, entretanto os quadros de infecção grave ocorrem em pacientes imunodeprimidos, especialmente quando a carga viral é elevada, cursando com manifestações mais graves e duradouras podendo levá-los ao óbito. A transmissão do HSV-1 ocorre quando a mucosa ou pele com algum tipo de abrasão entra em contato direto com secreções que contenham o vírus. Em relação ao diagnóstico laboratorial, o padrão-ouro continua sendo o isolamento viral, sendo que em muitos casos devido aos baixos títulos virais, o vírus não pode ser isolado. Outro método de escolha de diagnóstico da infecção por HSV é a reação em cadeia da polimerase (PCR), um método específico e rápido que, nos casos graves e sistêmicos, tornam-se vitais. Além disso, a PCR permite o diagnóstico com diferentes materiais como sangue, saliva e lesão. O objetivo deste estudo foi detectar o HSV-1 em pacientes imunocomprometidos pela reação de PCR qualitativo. Neste estudo foram utilizadas 72 amostras de soro de pacientes HIV positivos, masculinos e femininos, na faixa etária entre 10 a 79 anos e coletados nos anos 1988, 1997, 2000, 2003 e 2004 no Hospital Universitário Graffée e Guinle/UNIRIO. As amostras foram testadas pela técnica de PCR convencional para o gene gI (410 pb) e gG (269 pb), que codificam as glicoproteínas I e as glicoproteínas G do envelope viral. Das amostras em questão 84,7% (6172) foram positivas para a região gI do HSV-1 e 43% (3172) foram positivos para a região gG. Os resultados demonstram que esta técnica pode ser usada para detectar e monitorar a co-infecção HSV-1/HIV em pacientes imunocomprometidos, o que é importante para o diagnóstico e tratamento destes pacientes. Agências de fomentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro/ Centro de Integração Empresa Escola.