27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:254-1


Poster (Painel)
254-1Caracterização parcial do Beta glicano produzido por Pseudozyma sp CCMB 306 isolada do semi-árido baiano
Autores:Valasques Junior, G. L. (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Assis, S. A. (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana)

Resumo

Os glicanos são polissacáridos estruturais que constituem a parede celular de leveduras e fungos podem ser encontrados em outros microrganismos como as bactérias, também em plantas e os cereais. Vários tipos de glicanos foram isolados a partir de diversas fontes, incluindo o β 1-3, e 1-6-glicanos. O grau de ramificação e a natureza da ligação (1-4, 1-6 e 1-3), estes polissacarídeos também são diferentes uns dos outros. Várias aplicações podem ser atribuídas aos glicanos, dependendo do seu tipo, incluindo atividade imunomoduladora. Vários estudos têm sido publicados, provando a capacidade destes polissacarídeos em estimular os macrófagos para produzir citocinas. O semi-árido baiano é uma região caracterizada por sua rica variedade de microrganismos e plantas, e pode ser explorada como fonte de obtenção de produtos de interesse biotecnológico. Este estudo tem como objetivo isolar e caracterizar glicanos produzidos por Pseudozyma sp CCMB 306. O fungo foi obtido a partir da Coleção de Culturas de Microrganismos da Bahia, localizada na Universidade Estadual de Feira de Santana. O fungo foi cultivado a 28°C em meio líquido YM por 5 dias e a biomassa foi utilizada para a extração do biopolímero. Para a extração do polissacarídeo, a biomassa foi submetida a um tratamento térmico alcalino seguido de precipitação com etanol absoluto. O glicano extraído foi submetido a análise estrutural por espectrometria de infravermelhos (FT-IR). O espectro apresentou intensos sinais em 890, 1026 e 1100 cm-1 característica presente na maioria dos β-glicanos. Após a análise do espectro obtido por FT-IR pode identificar o polissacarídeo como sendo um β-glicano. Outros testes como RMN e HPLC serão necessários para identificar os tipos de ligações e a composição das unidades monoméricas do polissacarídeo obtido. O próximo passo é a realização de testes in vivo e in vitro a fim de determinar a atividade imunomoduladora.