27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:251-2


Poster (Painel)
251-2DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS E FLAVONOIDES NOS EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE Astronium sp
Autores:Negri, K.M.S. (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Bonifácio, B.V. (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Ramos, M.A.S. (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Souza, L.P. (UNESP - IQ - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Vilegas, W. (UNESP - CLP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Bauab, T.M. (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

Uma grande diversidade de compostos fenólicos é originada do metabolismo das plantas, sendo fundamentais para o seu crescimento e reprodução. São definidos quimicamente como substâncias que possuem anel aromático com um ou mais substituintes hidroxílicos, incluindo seus grupos funcionais. Há cerca de cinco mil fenóis, dentre eles, destacam-se os flavonoides, ácidos fenólicos, fenóis simples, cumarinas, taninos, ligninas e tocoferóis. O gênero Astronium, pertendente à família Anacardiaceae, compreende diversas espécies típicas das regiões norte e nordeste do Brasil e dentre elas destacamos as espécies A. urundeuva (aroeira-do-sertão), A. graveolens (guaritá) e A. fraxinifolium (Gonçalo-alves), popularmente utilizadas como antiinflamatório, antimicrobiano, anti-ulcerogênico e cicatrizante. Os flavonoides são os principais constituintes químicos da família Anacardiaceae. Entre eles, destacam-se biflavonóides, terpenos, xantonas e principalmente, lipídios fenólicos e seus derivados e a triagem fitoquímica preliminar das espécies de Astronium revelou a presença de fenóis e flavonoides. O objetivo do presente trabalho foi determinar o teor de fenóis e flavonoides dos extratos hidroalcoólicos do caule e das folhas destas espécies vegetais. Os compostos fenólicos foram determinados pelo método Folin-Ciocalteau e os flavonoides pelo método que emprega cloreto de alumínio, sendo os valores expressos em equivalentes de ácido gálico e quercetina, respectivamente. Destacam-se os resultados obtidos com o extrato hidroalcoólico das folhas de A. urundeuva, que apresentou um teor fenólico de 33,68 mgEAG/g, seguido pelo extrato do caule desta mesma espécie vegetal. Em relação a dosagem de flavonoides, o extrato hidroalcoólico do caule de A. urundeuva apresentou o maior teor (107,19 mgQE/g) dentre as espécies. Este estudo demonstra os potenciais efeitos antimicrobianos e antioxidantes do extrato das folhas e caule de A. urundeuva, uma vez que estas ações são atribuídas necessariamente aos compostos fenólicos.