27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:231-2


Poster (Painel)
231-2PREVALÊNCIA DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS NO ESTADO DO PARANÁ NO ANO DE 2012
Autores:Hoffmann, R.F. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Perlin, G.O. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Troice, V.M. (UNIPAR - Universidade Paranaense) ; Martins, L.A. (UNIPAR - Universidade Paranaense)

Resumo

Introdução: Apesar dos recursos disponíveis à produção de alimentos seguros, a cada ano uma em cada três pessoas pode ser afetada por doenças transmitidas por alimentos (DTA). Porém, poucos casos são notificados aos órgãos de saúde já que muitos patógenos causam sintomas brandos, assintomáticos ou parecidos aos da gripe fazendo com que a vítima não procure auxílio médico. Considerando a importância desta notificação como subsidio as ações de educação sanitária da população, objetivou-se avaliar a prevalência dos surtos de doenças transmitidas por alimentos no estado do Paraná no ano de 2012. Material e Métodos: Trata-se de um levantamento epidemiológico descritivo transversal, a partir dos dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN e laudos analíticos emitidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Paraná diante análise das amostras de alimentos coletadas. Resultados: No período analisado, foram investigados 134 surtos sendo 109 (81%) notificados e 25 (19%) não notificados no SINAN. Das 22 Regionais de Saúde (RS) do estado, as que mais investigaram surtos foram: 2ª RS, sediada em Curitiba, 47 surtos (35%); 10ª RS, sediada em Cascavel, 28 surtos (21%) e 7ª RS, sediada em Pato Branco, 13 surtos (10%). Porém, 4ª, 6ª, 16ª e 21ª RS, sediadas respectivamente em Irati, União da Vitória, Apucarana e Telêmaco Borba não investigaram nenhum dos surtos. Dos surtos notificados, 35 (32%) ocorreram em residências, 27 (25%) em restaurantes/padarias, 16 (15%) em outras instituições e 12 (11%) em creches/escolas. Discussão: Apesar da implantação do Sistema Nacional de Vi¬gilância Epidemiológica das DTA nos municípios em 1999, sabe-se que o número de notificações é reflexo da condução destas pelos profissionais de saúde bem como o nível de entendimento da população a respeito. Nota-se que, as residências paranaenses continuam sendo importantes locais de transmissão das DTA. Entretanto, são necessários novos estudos para evidenciar as causas das falhas de processamento dos alimentos nestes ambientes. Conclusão: As investigações de surtos geram dados clínico-epidemiológicos que proporcionam a identificação de fatores de risco e conseqüentemente os prováveis alimentos e agentes etiológicos envolvidos. Grande parte dos consumidores desconhece requisitos básicos à correta manipulação de alimentos e os perigos associados as suas contaminações, isto se justifica principalmente pela ausência de programas educativos dirigidos à população.