27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:228-1


Poster (Painel)
228-1COLEÇÃO DE CULTURAS DE MICRORGANISMOS MULTIFUNCIONAIS DE CLIMA TEMPERADO: MANUTENÇÃO, RECUPERAÇÃO E VIABILIDADE DE FUNGOS PRESERVADOS EM SOLO
Autores:Ribeiro, F. V. (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Mattos, M. L. T. (CPACT - Embrapa Clima Temperado) ; Galarz, L. A. (CPACT - Embrapa Clima Temperado) ; Thiel, C. H. (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas)

Resumo

A Coleção de Culturas de Microrganismos Multifuncionais de Clima Temperado (CCMMCT) foi criada em 2003, classificando-se como uma coleção de trabalho. O acervo (819 acessos) da CCMMECT é constituído de bactérias e fungos de importância para a cadeia orizícola. A partir de 2009, a CCMMCT empregou, para o acervo de 190 fungos, o método de preservação em solo seco estéril (SSE) e armazenamento a -20 ºC. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a recuperação e a viabilidade de 20 acessos fúngicos preservados em SSE entre os períodos de 2009-2013 [Grupo 1 = Nigrospora sphaerica (CMM46), Cochliolobus hetrostrophus (CMM47), Fusarium anthaphilum (CMM48), CMM114, Beauveria bassiana (CMM131), CMM132, CMM133, CMM134, CMM135, CMM163] e 2010-2013, Grupo 2 = CMM220, Fusarium sp. (CMM483), Penicillium sp. (CMM525), Trichoderma sp. (CMM527), Trichoderma sp. (CMM530), Penicillium sp. (CMM531), Fusarium sp. (CMM532), Fusarium sp. (CMM534), Penicillium sp. (CMM542) e Trichoderma sp. (CMM548)]. A manutenção de fungos foi feita a partir de esporos que foram transferidos para tubos de ensaio contendo 5 g de solo seco estéril, homogeneizados e congelados [congelador (-20 ºC)]. Procedeu-se a recuperação dos fungos, retirando-se os tubos do congelador para o descongelamento em temperatura ambiente. Após, com uma espátula, retiraram-se 0,07g de solo, que foram transferidos para tubos eppendorf com 1,0 mL de água destilada, sendo este mantido em repouso por 20 min. Decorrido este tempo, as amostras foram submetidas à agitação mínima em vórtex e, após, transferiram-se 100 µL da suspensão para uma placa de Petri contendo o meio Ágar Dextrose Batata, aplicando-se a técnica do espalhamento com alça de Drigasky. As placas foram incubadas por 10 e 20 dias a 25 ºC. A avaliação da recuperação dos fungos foi feita durante esse período, pela observação visual do crescimento, considerando-se viável os acessos que apresentaram a formação de micélio. Verificou-se a recuperação e a viabilidade de 100% dos fungos do Grupo 1 e 2 preservados durante três e quatro anos em SSE, respectivamente, ocorrendo somente variação quanto ao tempo de crescimento de cada acesso, sendo de 8 e 19 dias. O método de preservação de fungos em SSE e armazenamento a -20 ºC foi eficaz para a manutenção da viabilidade dos acessos avaliados.