27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:222-2


Poster (Painel)
222-2QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LEITE HUMANO DE BANCO DE LEITE QUANTO À PRESENÇA DE ENTEROBACTÉRIAS
Autores:Zanutto, M.R. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Castilho, I.G. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Lourenço, B.L. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Dantas, S.T.A. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Baptistão, L.G. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Caramello, L.E. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB) ; Fekete, S.M.W. (UNESP- FMB - Faculdade de Medicina- UNESP de Botucatu) ; Rall, V.L.M. (UNESP- IB - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- IB)

Resumo

O leite materno é o alimento mais adequado para recém-nascidos por conter os nutrientes necessários para o desenvolvimento, além de proteger contra diversas infecções. Porém, o leite humano não fornece proteção contra contaminantes secundários vindos do ambiente, utensílios, doadoras e profissionais do Banco de Leite Humano. As enterobactérias são bacilos gram negativos capazes de causar infecções intestinais e extra- intestinais. Assim, o presente estudo analisou a qualidade microbiológica do leite humano ordenhado de Banco de Leite, quanto à presença de Enterobactérias. Foram analisadas 100 amostras de leite cru, 100 de pasteurizado e 19 fracionado, devendo ser ressaltado que o leite fracionado não tem relação com o pasteurizado, pois a partir desse, era realizado um pool, sendo fracionado. As amostras foram obtidas em um Banco de Leite Humano, em Botucatu, SP. Para o isolamento de enterobactérias, foi utilizado o método da semeadura em superfície, depositando 0,1ml do leite puro em placas ágar CHROMagar ECC (para enterobacterias). Após incubação a 35ºC/24 h, foi realizada a coloração de Gram e os testes de citocromo oxidase e ágar tríplice açúcar e ferro. Cepas caracterizadas como enterobactérias foram submetidas ao kit API 20 E. Entre as amostras de leite cru, pasteurizado e fracionado, 43 (43%), 2 (2%) e 1 (5,3%) amostras, respectivamente, estavam contaminadas com enterobactérias, sendo que as espécies prevalentes em leite cru foram Klebsiella pneumoniae (19%), seguida da Serratia marcesnces (10%), mas também foram isoladas E.coli, Enterobacter sakazaki, E. cloacae, Citrobacter freundii, entre outros. Embora não fosse o objetivo, Pseudomonas aeruginosa, patógeno oportunista e grande deteriorante de alimentos de origem animal, pela grande produção de proteinases também foi isolada em 5 (5%) amostras. Conclui-se que a presença de enterobactérias no leite cru pode causar sua deterioração e que se o tratamento térmico não for adequado, importantes patógenos podem entrar em contato com recém-nascidos que necessitam desse alimento. FAPESP (2012/06865-0)