27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:198-1


Poster (Painel)
198-1PERFIL DA ATIVIDADE PROTEOLÍTICA EXTRACELULAR DE LEVEDURAS ISOLADAS NA ANTÁRTICA DURANTE CULTIVO EM CALDO SABOURAUD
Autores:CHAUD, L.C.S (EEL-USP - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena -) ; NOGUEIRA, B.L. (EEL-USP - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena -) ; SILVA, D.D.V (EEL-USP - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena -) ; PESSOA JR., A. (USP - FCF - Universidade de São Paulo– Faculdade de Ciências Farmacêutic) ; SETTE, L.D. (UNESP - RIO CLARO - Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho- Rio Claro) ; FELIPE, M.G.A. (EEL-USP - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena -)

Resumo

A exploração da biodiversidade fúngica do ecossistema Antártico pode propiciar a descoberta de insumos utilizados em vários setores tecnológicos, visto que as estratégias individuais de resistência às condições extremas podem variar em função da diversidade das condições ambientais. Especificamente com relação à produção de enzimas, alguns estudos têm abordado a alta eficiência catalítica e baixa estabilidade térmica de proteases produzidas em baixa temperatura ótima (25°C), o que pode se traduzir em vantagens para bioprocessos industriais que ocorrem em temperaturas médias e baixas. Estas enzimas têm se destacado em diversos setores industriais (detergentes, alimentos, fármacos), respondendo por aproximadamente 60% do mercado mundial. Assim, o objetivo do presente trabalho foi o de avaliar o perfil da atividade proteolítica de 14 isolados de leveduras provenientes de diferentes fontes da Antártica, a fim de escolher a levedura melhor produtora de protease extracelular. Estes isolados foram previamente selecionados por apresentarem halo de degradação de proteínas em Agar Sabouraud com leite (10%) e cultivadas em triplicata, em frascos Erlenmeyer de 125 ml contendo 50ml de Caldo Sabouraud, pH 5,5, a 150rpm, 25°C por 120h. O crescimento foi avaliado a cada 24h (câmara de Neubauer), enquanto a atividade proteolítica foi determinada pela digestão de azocaseína 1% em tampão acetato (pH 5,0) a 37°C por 40 minutos, por espectrofotometria a 430nm. Uma unidade de atividade (1U) foi definida como a quantidade da enzima que cataliza a liberação do corante azo, de modo que ∆A/∆t =0,001/min. O consumo de glicose e formação de glicerol e etanol foram determinados por cromatografia líquida (HPLC). Todos os isolados protease-positivos (ágar Sabouraud) mostraram alguma atividade sobre o substrato utilizado, sendo a máxima atividade proteolítica observada com o isolado L7 (11,12 U.mL-1) em 120h. Uma correlação direta entre o máximo crescimento celular, o consumo de glicose e a produção de protease extracelular foi encontrada para 12 das 14 leveduras avaliadas. Trabalhos estão em desenvolvimento a fim de estabelecer as melhores condições nutricionais para favorecer a produção de proteases pela levedura L7 selecionada. AGRADECIMENTO: FAPESP, CAPES, CNPq