27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:194-1


Poster (Painel)
194-1CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA DE MUTANTE NULO DE Salmonella enterica TYPHIMURIUM PARA UMA PROTEÍNA LIGANTE DE DNA
Autores:CORDEIRO, T.F.V.B. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; COSTA, F.L.P. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; FLORESTA, F.V.M. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; BROCCHI, M. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

O gênero Salmonella pertence à família Enterobacteriaceae e é um dos patógenos de origem alimentar mais prevalente. Salmonella enterica é um patógeno intracelular facultativo importante mundialmente, responsável por cerca de 21,7 milhões de casos de febre tifóide sistêmica e 93,8 milhões de casos de gastroenterite não-tifóide em humanos a cada ano. A maioria das infecções em humanos são causadas por poucas sorovariedades, tais como S. enterica Enteritidis e Typhimurium. Cerca de 86% dos casos de salmonelose não-tifóide (NTS) são resultantes de infecções por alimentos contaminados, sendo que galinhas, porcos e gados são importantes reservatórios desse micro-organismo. Assim, o estudo desta bactéria é de relevante importância. O presente trabalho tem como objetivo a construção de mutante nulo para um gene codificador de proteína ligante de DNA em S. enterica Typhimurium, avaliando as características fenotípicas desse mutante, seu papel na fisiologia bacteriana e a atenuação in vivo no modelo murino. A deleção foi realizada em duas linhagens bacterianas, isoladas de pacientes humanos com quadro de enterite. Foi utilizado o sistema de recombinação Lambda Red para obtenção do mutante. Iniciamos a análise fenotípica de tal linhagem mutante com a observação do seu crescimento in vitro. Também foi feito um experimento piloto em modelo animal para observação da virulência in vivo do mutante construído. Nas curvas de crescimento resultantes, podemos observar que as células mutantes exibem uma pequena tendência de diminuição na taxa de crescimento em comparação com a linhagem selvagem. Também foi realizado ensaio de motilidade e, resultados preliminares demonstraram que a locomoção das células mutantes foi menor em comparação com a linhagem selvagem. Com relação ao experimento in vivo, dois camundongos de um grupo de cinco animais sobreviveram ao inóculo do mutante construído em uma das linhagens utilizadas, enquanto que nenhum camundongo sobreviveu ao inóculo da linhagem selvagem. Nossos resultados até o momento sugerem um pequeno efeito da mutação no crescimento de S. enterica, bem como efeito sobre a locomoção desse micro-organismo.