27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:187-1


Poster (Painel)
187-1ATIVIDADE DA CLOREXIDINA SOBRE BIOFILME DE Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA (MRSA
Autores:Bonez, P.C. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Marques, B.M. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Alves, C.F.S. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano) ; Mizdal, C.R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Rossi, G.G. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Dal Forno, N.L. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Santos, R.C.V. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano) ; Campos, M.M.A (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

O gênero Staphylococcus está entre os mais frequentes microrganismos relacionados à formação de biofilmes em implantes de materiais estranhos como cateteres intravasculares. Os microrganismos, quando em biofilme, tornam-se alvo de preocupação na área clínica devido à baixa resposta aos tratamentos antimicrobianos. Deste modo, a limpeza e desinfecção eficaz dentro do ambiente clínico são componentes chaves dentro das estratégias de controle de infecção. Este trabalho teve como objetivo, verificar se biofilme de MRSA é capaz de resistir à atuação antimicrobiana da clorexidina, sendo esta um poderoso antisséptico, aplicado na antissepsia de mãos, desinfecção de ambientes cirúrgicos e esterilização de instrumentos utilizados em procedimentos invasivos. Foi realizado ensaio de disco-difusão para MRSA e teste de sensibilidade através do Método de Microdiluição em Caldo segundo CLSI M100-S23 (CLSI, 2013) para a obtenção da CIM (Concentração Inibitória Mínima). A determinação do CIB (Concentração Inibitória do Biofilme), foi realizada segundo MERRIT et al., 2011. A clorexidina foi testada na concentração da CIM e em concentrações maiores quando esta não fosse capaz de destruir o biofilme. As placas foram reveladas com solução de Cristal Violeta 0,1%. Posteriormente, foi realizada a leitura em densidade ótica (DO) de 570nm em leitor de placas TP – Reader. No ensaio de disco-difusão, a cepa de MRSA apresentou-se sensível (halo de 20 mm) e a CIM foi < 145 µg/mL. A CIB não foi determinada, pois não houve diferença estatística entre as concentrações testadas e o controle positivo. A clorexidina mostrou-se ineficaz frente ao biofilme de MRSA, uma vez que nenhuma das concentrações testadas foi capaz de destruir as películas. O resultado sugere que a clorexidina tem sua atividade antimicrobiana diminuída quando exposta a microrganismos em biofilme, provavelmente devido aos mecanismos de resistência atribuídos à estrutura de biofilme. Tendo em vista o aumento da prevalência de biofilmes no ambiente hospitalar, os resultados deste estudo vêm ratificar a importância da avaliação da atividade de antimicrobianos frente a estas películas. Neste sentido, mais pesquisas e estratégias devem ser realizadas a fim de aperfeiçoarem a atuação de biocidas, tornando-os, cada vez mais, auxiliares úteis em estratégias de controle de infecções.