27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:179-1


Poster (Painel)
179-1Avaliação ultra-estrutural e microbiológica da atividade antibiótica de compostos do metabolismo secundário de Pseudomonas aeruginosa no controle da Erwinia carotovora causadora da podridão do tomateiro
Autores:Munhoz, L.D. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pistori, J.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Lassie, F.S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Freitas, V.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Salvador, M.S.A (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Martins, C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Lima, C.B. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Beranger, J.O. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ludovico, M.S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Mello, J.C.P. (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Oliveira, A.G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Andrade, G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

O tomate é uma importante hortaliça mundial e de grande relevância econômica no Brasil. A podridão mole do tomateiro, causada pela bactéria Gram negativa Erwinia carotovora subs. carotovora (Ecc) que coloniza os vasos condutores da planta em qualquer fase do cultivo, tem apresentado resultados negativos para o controle químico originando a busca por novas alternativas. Este estudo teve como objetivo a avaliação ultra-estrutural e microbiológica da atividade antibiótica in vitro de compostos do metabolismo secundário de Pseudomonas aeruginosa no controle da Ecc. O processo de produção e extração do composto antibiótico foi patenteado e está registrado como Patente PI0803350-1 – INPI 12/09/2008; http://www.inpi.gov.br. O composto antibiótico F4A foi obtido por cromatografia líquida em coluna a partir da purificação dos metabólitos bruto da cepa LV. A atividade antibiótica da F4A foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, determinando a concentração inibitória mínima (CIM) em placa de 96 poços. Para tanto foi preparado um inóculo da Ecc ajustado para uma concentração celular de 108 UFC/mL (D.O.= 0,1 λ= 590 nm), o caldo utilizado foi o caseína-peptona-glicose (CPG) e a F4A foi diluída nas concentrações de 500; 250; 125; 62,5; 31,25; 15,625; 7,812; 3,90; 1,95 e 0,97 µg. Meio CPG inoculado com Ecc e meio CPG não inoculado foram considerados controle positivo e negativo, respectivamente. As placas foram incubadas a 28 °C por 24 h. Os resultados foram obtidos por leitor de microplacas - Asys UVM 340 e revelados com a adição de 10 µL de 2,3, 5-trifenil tetrazólio a 1% incubadas por 40 min a 28 ºC para verificação da viabilidade celular. A avaliação ultra-estrutural foi realizada por microscopia eletrônica de varredura (MEV) em diferentes tempos de tratamento (zero, 30 min, 1:30 e 3:00 h) com a F4A na CIM anteriormente encontrada. Como resultados a CIM da F4A foi 7,812 µg/mL para Ecc. Na MEV foram observadas, a partir do tempo de incubação 1:30 h, deformações no formato celular, envaginações e diminuição da quantidade de matriz extracelular produzida naturalmente pela bactéria Ecc, quando comparada aos controles. Esses resultados sugerem que o biocontrole da Ecc com o composto natural F4A pode ser considerada uma importante ferramenta no manejo deste fitopatógeno, considerando a dificuldade do seu controle, maximizando o retorno financeiro do produtor.