27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:178-2


Poster (Painel)
178-2ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS DA RIZOSFERA DE ARROZ E BRAQUIÁRIA CULTIVADAS EM SOLOS CONTAMINADOS COM CHUMBO
Autores: Irineu, L.E.S. da S. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Branco, L.P.C. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Rodrigues, A. C. D. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda) ; Baldani, J.I. (CNPAB - Embrapa Agrobiologia) ; Videira, S.S. (UNIFOA - Centro Universitário de Volta RedondaCNPAB - Embrapa Agrobiologia)

Resumo

Nas últimas décadas verificou-se um aumento da contaminação dos solos com metais pesados resultante de processos antropogênicos. Na recuperação destas áreas, a biorremediação surgiu como uma ferramenta potencial, sendo a fitorremediação o processo mais utilizado. Este processo é considerado extremamente eficiente, embora algumas vezes demorado. Esta situação tem sido otimizada com a interação entre plantas e bactérias promotoras de crescimento vegetal, o que melhora o desenvolvimento da planta, facilitando o sequestro e/ou a transformação dos metais tóxicos. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo (i) isolar bactérias fixadoras de N da rizosfera de arroz e braquiária cultivadas em solos contaminados com chumbo e, (ii) avaliar, in vitro, mecanismos de promoção de crescimento vegetal. O experimento foi realizado em casa de vegetação e o isolamento das bactérias feito nos tratamentos com 360 mg Pb/kg solo. Aos 30 dias após a semeadura, as plântulas foram coletadas, e foi realizada a contagem de bactérias pela técnica do NMP usando meios de cultivo semi-sólidos livres de N. A densidade bacteriana variou de 0 a 2,34 (log do nº de células por grama de solo), semelhante àquelas de solos agrícolas. Deve-se salientar que o método de contagem empregado é altamente seletivo e apenas detecta pequena parte da população bacteriana total. Foram obtidas 14 estirpes bacterianas com capacidade de fixar N biologicamente, sendo 7 do meio JMV, 4 do LGI, 2 do NFb e 1 do LGI-P. Baseando-se na caracterização morfológica das colônias, foi possível identificar 4 estirpes semelhantes ao gênero Burkholderia. As demais, não mostraram similaridade com os gêneros Azospirillum, Herbaspirillum e Gluconacetobacter, comumente isolados a partir dos meios NFb, LGI e LGI-P, respectivamente. A taxonomia baseada no gene 16SrRNA ainda está sendo analisada. Quanto aos mecanismos relacionados a promoção de crescimento vegetal, além da FBN, 6 estirpes foram capazes de produzir sideróforos, 5 solubilizaram fosfato e 12 produziram AIA.Com os resultados obtidos até o momento, podemos sugerir que estas estirpes favoreceram o crescimento das plantas, através da biodisponibilidade de nutrientes e fitoreguladores e/ou através da transformação dos metais tóxicos, diminuindo a toxidez dos mesmos. Agradecimento: Ao UniFOA e a Embrapa Agrobiologia pelo apoio na realização deste trabalho.