Resumo

A geração de efluentes de cor pela indústria têxtil causam grandes impactos ambientais podendo interferir na fotossíntese e conseqüente desequilíbrio da cadeia trófica como também os corantes utilizados são em geral tóxicos e podem trazer danos a saúde. A descoloração de efluentes por micro-organismos no ambiente pode ser uma alternativa eficaz no processo ambiental. Neste estudo, foi investigado o potencial do fungo Cunninghamella elegans UCP 542 para a descoloração do corante de trifenilmetano (verde malaquita). As condições de cultivo da biomassa seguiram um planejamento fatorial de 23 tendo como variáveis: concentração de glicerina, asparagina e fosfato de potássio monobásico, possibilitando a produção de três amostras de biomassa classificadas C1, C2 e C3. Para o processo da descoloração, foram preparadas soluções de diferentes concentrações de verde de malaquite de 0,01mM a 0,5 mM e adicionadas as biomassas inativadas de Cunninghamella elegans UCP 542 em condições experimentais estática e sob agitação de 150 rpm a 28 ° C durante 48 horas. Os dados do método de detecção da remoção do corante foram obtidos pelos valores da absorbância, os quais foram lançados numa equação de índice de descoloração. Os resultados obtidos demonstraram que a biomassa de Cunninghamella elegans UCP 542 nas diferentes condições de cultivos apresentaram bons índices de descoloração sendo para as condições estática e agitação respectivamente 88,2 % (C3) e 91,60 % (C1) ambas na concentração de 0,25 Mm no intervalo de 48 horas. Em todos os ensaios a diferença entre as condições de agitação e estático demonstraram pouca variação dos resultados o que permite concluir que em se tratando de custos operacionais a condição estática e o uso de substratos como glicerina para a produção de biomassa como meio alternativo de baixo custo representam uma melhor viabilidade sobre o ponto de vista econômico.