27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:151-1


Poster (Painel)
151-1Identificação do Streptococcus agalactiae presentes na microbiota vaginal e anorretal de gestantes de baixo e alto risco obstétrico em Manaus/Am, utilizando a técnica de Reação de Polimerase em Cadeia (PCR).
Autores:CRUZ, C.B.N (ILMD/FIOCRUZ - INSTITUTO LEÔNIDAS MARIA DEANE) ; FREIRE, C.H.E (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; BATALHA, F.A (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; ALVES, K.C. (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; CORREA, J. (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; ORLANDI, P.P. (ILMD/FIOCRUZ - INSTITUTO LEÔNIDAS MARIA DEANE)

Resumo

O Streptococcus agalactiae é responsável pela ocorrência de abortamento, infecção urinária, prematuridade, corioamnionite, endometrite puerperal e sepse neonatal precoce com uma alta mortalidade, principalmente entre prematuros. Esse microrganismo pode ser transmitido no momento do parto e representa importante causa de sepse neonatal. A taxa de colonização materna, a incidência de complicações perinatais causadas pelo EGB, a inquestionável eficácia da intervenção e a escassez de trabalhos nacionais que revele a realidade brasileira, justificam a realização de estudos que possam gerar e ampliar conhecimentos. O objetivo do presente trabalho foi investigar a presença de Streptococcus agalactiae em gestantes que utilizam o serviço de pré-natal da Maternidade Estadual Balbina Mestrinho, Manaus/AM. Foram estudadas 153 gestantes com 35-37 semanas de gestação. As amostras clínicas foram coletadas através do auxílio de um swab na região vaginal e anorretal e encaminhado para análises utilizando a metodologia de PCR. O material coletado foi inoculado em meio Todd Hewit, suplementado com 8 g/ml de gentamicina e 15 g/ml de ácido nalidíxico por 24h, a 37°C sob agitação. Posteriormente foi extraído o DNA das culturas e estes submetidos a PCR, utilizando o gene ATR e GBS. Os resultados obtidos foram que de 153 amostras vaginais, 82 (53,6%) apresentaram PCR positivo para o estreptococo do grupo B utilizando o gene ATR, sendo que para o gene GBS apenas 55 (35,9%) amostras vaginais foram positivas. Em relação as amostras anorretais os resultados de amostras positivas foram de 78 (50,9%) para o gene ATR e 52 (33,9%) para o gene GBS. Este estudo detectou uma prevalência alta de colonização das gestantes por EGB nesta população, sendo um dado alarmante quando comparado aos índices de prevalência encontrados em trabalhos no Brasil e em outros países. Esta metodologia possui potencial para a utilização em diagnóstico mais preciso para as comunidades locais e para o país em programas de triagem de pré-natal.