27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:145-1


Poster (Painel)
145-1Prevalência de micro-organismos patogênicos e Streptococcus agalactiae em secreção vaginal de gestantes entre 32a a 37a semanas
Autores:Andreotti, K.C. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas) ; Valerio, L.S. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas) ; Santos, R.F.S. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas) ; Veronez, A. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas) ; Patrocinio, A. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas) ; Rosseto, A. (METROCAMP - Faculdade Metropolitana de Campinas)

Resumo

A sepse neonatal a cada ano acomete aproximadamente 30 milhões de recém-nascidos e cerca de 1 a 2 milhões destes chegam a óbito. Relatos científicos demonstram uma alta incidência de infecções e óbitos neonatais em países desenvolvidos decorrente do Streptococus agalactiae, micro-organismo pertencente ao Grupo B (EGB) responsável por ocasionar doenças como meningite, pneumonia, septicemia entre outras. No Brasil, porém os dados referentes ao micro-organismo ainda são pobres, portanto, pesquisas e estudos se fazem necessárias para que haja maior esclarecimento. Gestantes são mais susceptíveis a infecção urinária devido à alteração anato-fisiológico que sofrem, além de sua urina estar mais rica em nutrientes, facilitando o crescimento de bactérias. Staphylococcus spp e Streptococcus spp. são os principais micro-organismos Gram positivos envolvidos em vaginose bacteriana, caracterizada pela alteração da microflora vaginal, causando infecções em mulheres de idade reprodutiva. A profilaxia da sepse neonatal causada pelo EGB é fundamental no pré-natal, onde exames clínicos possam detectar a bactéria e se necessário a prescrição da antibioticoprofilaxia intraparto, para evitar a transmissão ao recém-nascido. O presente trabalho objetivou verificar a prevalência de Streptococcus agalactiae e outros patógenos em secreção vaginal de gestantes entre 32ª a 37a semanas. Foram coletadas amostras de secreção vaginal de 20 gestantes durante os meses de Julho 2012 à Março de 2013. As amostras foram semeadas em meio de cultura Ágar Sangue, CLED, MacConkey, Ágar Rugai e Granada®. Streptococcus agalactiae foi detectado em 10% (2/20) das gestantes. Nas demais foram possíveis identificar Escherichia coli em 40% (8/20), P. aeruginosa em 5% (1/20), Klebsiella pneumoniae em 5% (1/20), Streptococcus spp em 20% (4/20) e leveduras em 20% (4/20). A prevalência da colonização de gestantes pelo EGB observada nesse estudo é condizente com a literatura nacional que apresenta uma prevalência 15-20% e confirma a importância de gestantes realizarem o pré-natal para prevenção de infecções e septicemias em recém-nascidos.