27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:144-1


Poster (Painel)
144-1A busca de potenciais Leishmanicidas em espécies da flora da Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro
Autores:SILVA, A. R (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; AZEVEDO, E. S (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; DUARTE, A. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; SANTOS, A. L. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Branquinha, M. H (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; SILVA, B. V (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; PINTO, A. C (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; LIONE, V.O.F. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Castro, H.C (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

Introdução: Todos os anos estima-se que 2 milhões de pessoas sejam infectadas por Leishmania. Há uma prevalência de 12 milhões de infectados que estão distribuídos por 88 países ao redor do mundo. Este problema é agravado, pois temos a ausência de vacinas efetivas e os tratamentos que existem são muito tóxicos, pouco eficazes e podem, em alguns casos, levar a uma resistência do parasita. Dessa maneira, torna-se notório a necessidade de desenvolvimento de novos fármacos menos tóxicos e mais eficientes no combate as leishmanioses. Neste trabalho, utilizamos métodos in vitro para investigar atividade leishmanicida de extratos de vegetais oriundos da Mata Atlântica, a fim de gerar protótipos com atividade antiparasitária específica. Metodologia: Foram utilizadas duas espécies:Leishmania amazonenses e Leishmania brasiliensis, cultivadas em meio Schneider’s suplementado com 10% de soro fetal bovino à 28°C. Em dois experimentos independentes e em triplicata, 24 extratos da flora da Mata Atlântica foram testados na concentração de 2,5µg/mL. Os parasitos foram inoculados em placas de 96 poços à razão de 40.000 células/poço e em volume final de 200µl/poço. A atividade dos extratos foi avaliada a cada 24h por contagens em câmara de Neubauer de formas promastigotas vivas. Resultados e Discussão: Diversos compostos químicos, isolados de extratos vegetais, têm comprovada atividade leishmanicida sobre formas promastigotas e/ou amastigotas de Leishmania em ensaios in vitro. Apesar dos vários estudos nesta área, ainda existem muitas espécies vegetais com potencial atividade antiparasitária a serem avaliadas. Em nosso estudo, podemos observar que o tempo de 72 horas foi padronizado como melhor tempo para screening de atividade leishmanicida, de acordo com as diferentes fases de crescimento do parasito. Dentre as diferentes concentrações estudadas, na de 2,5µg/mL sete extratos apresentaram atividade leishmanicida significativa para cada uma das espécies de Leishmania e oito extratos apresentaram atividade para ambas as espécies estudadas. Conclusões: Os dados sinalizam de forma muito positiva que vários dos extratos avaliados podem ser promissores como agentes leishmanicida, mas novos estudos ainda são necessários para verificarmos outros fatores, tais como a identificação das frações bioativas dos extratos analisados e a sua citotoxicidade em células renais e hepáticas.