Resumo

Educação em Saúde é um processo de trocas de saberes e experiências entre a população como um todo, incluindo usuários, profissionais e gestores de saúde. Esta prática visa à prevenção de doenças, a promoção da saúde e promove a autonomia dos sujeitos envolvidos, tornando-os sujeitos ativos e transformadores de sua própria vida ou até mesmo da sua sociedade. Neste contexto as parasitoses intestinais representam um sério problema de Saúde Pública, onde são consideradas como indicadores ao nível socioeconômico, as condições precárias de saneamento básico e aos hábitos de higiene inadequados. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo com incidência de parasitoses intestinais e intervenções educativas para promoção de medidas preventivas. As intervenções foram realizadas durante os meses de março e abril de 2013 com vinte famílias em comunidade com baixo nível socioeconômico do Bairro de Afogados, na cidade do Recife – PE. Os dados epidemiológicos coletados foram relacionados ao número de casos confirmados de parasitoses intestinais por protozoários e/ou helmintos, através da detecção de parasitas em exames parasitológicos das fezes e por meio da aplicação de intervenções didáticas e educativas sobre a relação parasito-hospedeiro e suas implicações na saúde, os fatores favoráveis a existência dos parasitos na comunidade, alterações provocadas no processo nutricional do hospedeiro e medidas adequadas para evitar a contaminação humana por parasitos presentes nos alimentos. Foram utilizadas como ferramentas e recursos didáticos, além do diálogo, cartilhas informativas, cartazes e demonstrações da técnica correta de lavagem das mãos e dos alimentos. As infecções por protozoários e/ou por helmintos foram encontradas em 58,0% da população do estudo, sendo Ascaris lumbricoides com maior índice encontrado. E nas intervenções constatou-se o grande envolvimento e participação da comunidade na ação e aumento do nível de conhecimento em relação ao que foi vivenciado nas oficinas e atividades. Foi constatado que 100% dos sujeitos da pesquisa apresentavam à percepção da relação de se prevenir as parasitoses através da melhoria nas condições de higiene e saneamento. O controle e a manutenção das parasitoses intestinais estão associadas às condições desfavoráveis no âmbito do saneamento básico que se encontra a comunidade.