27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:121-1


Poster (Painel)
121-1Prevalência e tipagem do Papilomavirus humano em pacientes com diagnóstico de ASCUS no Sul do Brasil
Autores:Correa, L. (UCS - Universidade de Caxias do Sul - Instituto de Biotecnologia) ; Tregnago, C.M. (CPM - Centro de Patologia Médica) ; Mandelli, J. (UCS - Universidade de Caxias do Sul-Lab. de Biologia Molecular) ; Bastiani, C.R. (UCS - Universidade de Caxias do Sul - Instituto de Biotecnologia) ; Magrini, F.E. (UCS - Universidade de Caxias do Sul - Instituto de Biotecnologia) ; Paesi, S.O. (UCS - Universidade de Caxias do Sul - Instituto de Biotecnologia)

Resumo

O carcinoma cervical é uma das neoplasias mais comuns na incidência e na mortalidade de mulheres em todo o mundo. O rastreamento através da citologia pelo método de Papanicolaou permite a detecção de lesões pré-invasivas contribuindo para reduzir a incidência desta neoplasia. As atipias escamosas de significado indeterminado (ASCUS) são uma das alterações de maior prevalência observadas nas citologias realizadas para rastreamento do câncer cervical. A conduta diante das mulheres com ASCUS é particularmente importante para a prevenção das neoplasias do colo uterino. Este estudo objetivou determinar a prevalência de ASCUS na população amostra a partir de dados de um laboratório de patologia clínica, estimar a prevalência do HPV nas amostras positivas para ASCUS através da técnica de PCR, determinar a tipagem viral nas amostras positivas para HPV. O estudo foi constituído de 250 pacientes com diagnósticos citológicos com e sem ASCUS de mulheres com idades entre 20 à 60 anos. Da população estudada, 39,6% (99/250) foram classificadas como ASCUS, sendo a faixa etária mais prevalente entre 35 a 44 anos, com uma incidência de DNA/HPV de 50,5%. A tipagem viral, através de Nested-PCR multiplex, mostrou 38,6 dos casos com infecções simples, enquanto 38,4% apresentaram infecções múltiplas com até cinco tipos virais. Tanto HPVs de baixo como e alto risco foram encontrados em amostras ASCUS e o mais prevalentes foram HPV 6/11 (8,3%), HPV 51 (6,6%), HPV 16 e HPV 33 (6,1%). A incidência de DNA/HPV nos achados histológicos em lesões do colo uterino, revelaram 23,1% ser mais significativas nas cervicites crônicas. A elevada presença de HPV de alto risco nas pacientes com diagnóstico de ASCUS demanda uma conduta cautelosa que indica a necessidade de exames de tipagem viral para minimizar o número de visitas ao clínico, evitar procedimentos desnecessários e reduzir os risco de carcinoma.