27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:87-1


Poster (Painel)
87-1Estudo do crescimento e produção de proteases a partir de fungos filamentosos da Antártica.
Autores:Jozala, A.F (FCF/USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas USP) ; Souza, P.M. (UNB - Faculdade de Ciências da Saúde/UNB) ; Nascimento, T. C. E. S (UFRPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Gomes, J. E. G. (UFRPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Moreira, K.A. (UFRPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Magalhães, P. O (IB/UNESP RIO CLARO - Instituto de Biociências UNESP/Rio Claro) ; Rodrigues, A. (IB/UNESP RIO CLARO - Instituto de Biociências UNESP/Rio Claro) ; Sette,L.D. (IB/UNESP RIO CLARO - Instituto de Biociências UNESP/Rio Claro) ; Pessoa Jr., A. (FCF/USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas USP)

Resumo

Os micro-organismos adaptados à região polar contribuem essencialmente para a reciclagem de nutrientes e mineralização de matéria orgânica desses ambientes, por meio da produção de enzimas adaptadas ao frio, incluindo entre outras, as amilases, celulases, invertases, inulinases, xilanases, ligninases, proteases, lipases e isomerases . Estas enzimas possuem propriedades específicas que podem ser úteis em diversos setores de interesse sócio econômico como as indústrias de alimentos e de biocombustíveis. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento e a produção de protease por 5 fungos filamentosos (L14B, S2C, E5B, S2B e A11A) isolados de amostras marinhas e terrestres do continente Antártico. Para isso, foram delineados experimentos em frascos Erlenmeyers de 125 mL contendo 25 mL de meio de cultura (pH 6,0) contendo peptona 2%, caseína 2%, extrato de levedura 1% e caldo Sabouraud 3%, em agitador de bancada a 15ºC a 150 rpm por 10 dias. O pré-cultivo foi preparado a partir da inoculação de 5 discos de micélio de aproximadamente 6 mm de diâmetro retirados da extremidade das colônias dos fungos previamente cultivados em placas contendo meio PDA (10 dias a 15 ºC). A atividade da protease foi analisada com o substrato azocaseína utilizando a metodologia adaptada de Charney e Tomarelli (1947). Uma unidade enzimática foi definida como a variação em 0,001 unidades de absorbância após 40 minutos de incubação. Os valores de pH estavam em aproximadamente 5,2 no final de 10 dias de cultivo para todos os fungos analisados. Observou-se que após 24 horas de cultivo a produção de proteases foi iniciada para todos os fungos testados e após 3 dias de cultivo a amostra L14B (Acremonium sp.) apresentou maior produção e crescimento: 4.3 UA/mL/min; biomassa de 0,21 g/L. Esta atividade é 1,6 vez maior que a atividade enzimática da amostra E5B (Cladosporium cladosporioides) que apresentou uma biomassa 0.36g/L. Após 7 dias de cultivo o maior produtor de protease foi o fungo S2C (Penicillium sp.), com uma biomassa de 0.96 g/L e atividade enzimática de 12 UA/mL/min, ou seja, 10 vezes maior do que os outros fungos analisados. As amostras analisadas se adaptaram ao meio de cultura selecionado e os próximos experimentos serão conduzidos em biorreator.