27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:61-2


Poster (Painel)
61-2Wickerhamomyces anomalus: Otimização do pH e Temperatura com Vista a Fermentação de Pentoses.
Autores:Silva, R.O. (UNESP - Universidade Estadual de São Paulo) ; Cereda, M. P. (UCDB - Universidade Católica de Campo Grande) ; Gomes, E. (UNESP - Universidade Estadual de São PauloUNESP - Universidade Estadual de São Paulo)

Resumo

A D-xylose é a pentose mais abundante na natureza, sendo um dos principais componentes de polímeros de hemicelulose de plantas fazendo parte de um complexo de carboidratos poliméricos incluindo xilana e xiloglicana. Para desenvolver um processo viável de produção de etanol combustível a partir de hidrolisados de lignocelulose, é importante a bioprospecção de cepas de leveduras capazes de fermentar D-xilose. A cepa de levedura Wickerhamomyces anomalus foi previamente isolada de caldo de cana, selecionada pela sua possível capacidade de produzir etanol a partir da D-xilose como fonte de carbono e identificada no laboratório de Microbiologia da UNESP de Rio Claro por sequenciamento dos domínios D1/D2 do rDNA. Com vistas a fermentação para produção de etanol, o objetivo da pesquisa foi definir as melhores condições de temperatura e pH no consumo de açúcar, crescimento e viabilidade celular em meio de cultura contendo xilose como fonte de carbono. Para efeitos de comparação os mesmos parâmetros foram avaliados utilizando glicose como fonte de carbono. O pré-inóculo foi padronizado em 1 mg mL-1. As cepas foram cultivadas em meio de cultura YEPD e Yeast Extract Peptone Xylose (YEPX), com pH inicial de 3,0, 4,0 e 5,0, em temperatura de 28, 32 e 40°C com agitação de 150 rpm. Amostras foram tomadas em intervalos de 2 horas por 12 horas para a determinação do consumo de açúcar, crescimento e viabilidade celular. A concentração de açúcares redutores foram feitas pelo método do Ácido Dinitrosalicílico (DNS) e o crescimento e viabilidade celular pela contagem em câmara de Neubauer. Em ambos os meios de cultura constatou-se diferença significativa (p<0,05) em todos os parâmetros avaliados nas três temperaturas e pH com excessão do consumo de xilose nos diferentes pH com valor p>0,05. A levedura W. anomalus apresentou maior número de células em pH 4,0 e a 280C nos dois meios de culturas. Consumiu mais açúcar a 320C. Em pH 3,0 consumiu mais glicose e não apresentou diferença no consumo de xilose nos três pH avaliado. Os resultados colaboram com os esforços para obtenção de leveduras que podem fermentar pentoses, um problema de interesse na tentativa de obter combustível a partir de um recurso renovável, portanto, numa próxima etapa será efetuado a análise quantitativa de rendimento nas melhores condições de temperatura e pH.