Resumo

Introdução: A farinha de mandioca faz parte dos hábitos alimentares dos paraenses, além disso é a principal fonte de renda para diversas famílias. Porém devido à fabricação artesanal, este alimento pode ser exposto a condições higiênicas precárias inadequadas, que podem acarretar em alterações microbiológicas. Objetivo: Verificar os possíveis micro-organismos presentes em farinha de mandioca comercializada em um supermercado de Belém do Pará. Materiais e Métodos: Adiquiriu-se cerca de 1 quilograma (kg) de farinha de mandioca, comercializada a granel em um supermercado de grande porte da cidade de Belém do Pará. Realizou-se as análises de bactérias aeróbias mesófilas, bolores e leveduras e coliformes fecais e totais. A contagem de mesófilos é obtida pelo método de plaqueamento de profundidade, foram feitas quatro diluições seriadas em duplicata, o meio de cultura utilizado foi o Plate Count Agar, tendo resultado final expresso em Unidades Formadoras de Colônias por grama de farinha (UFC/g). A análise de bolores e leveduras é feita pelo método de plaqueamento de profundidade, foram feitas diluições seriadas em duplicata, utilizando o meio de cultura Polato Dextrose Agar acidificado com 2,1 mL de ácido tartárico a 10%, tendo o resultado final expresso em UFC/g. Para a análise de coliformes totais e fecais foi necessário para a inoculação o meio de cultura Lauryl Tryptose Broth e nas análises foram feitas diluições seriadas em duplicata, tendo o resultado final expresso em Número Mais Provável por grama de farinha (NMP/g). Resultados e Discussão: As amostras analisadas de farinha de mandioca apresentaram valor de 3,0x10¹ UFC/g (est.) mesófilos aeróbios, porém a legislação vigente, não define um limite desses micro-organismos, porém em estudos há a consideração de valores admissíveis de 104 a 106 UFC/g-1 , ou seja os resultados das análises apresentadas se encontram dentro deste limite. As análises de bolores e leveduras realizadas, apresentaram o valor <10¹ UFC/g. A legislação voigente, também não define um limite desses micro-organismos, porém considerando os valores da Portaria nº451 de 1997, que foi revogada, as análises estariam dentro do valores aceitáveis para bolores e leveduras. As amostras analisadas no teste presuntivo apresentaram o valor <10¹ NNP/ml. Segundo a legislação vigente, o valor limite aceitável é 10² NMP/ml, ou seja os valores analisados estão dentro do total estabelecido pela legislação. Não foi necessária a realização do teste confirmativo, pois os resultados encontrados não apresentaram a presença de Coliformes Totais e de Fecais. Conclusão: Através dos resultados das análises foi possível perceber que a amostra de farinha de mandioca apresentou baixos valores de bactérias mesófilas, bolores e leveduras e coliformes totais, estando esses valores dentro da legislação vigente estando apta para o consumo.